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Pela 3ª vez seguida, cai inflação para os mais pobres
DO RIO
A inflação para as famílias
de baixa renda caiu 0,44%
em agosto, segundo o IPC-C1
(Índice de Preços ao Consumidor-Classe 1), medido
pela FGV (Fundação Getulio
Vargas).
Essa é a terceira queda
consecutiva do índice, que
em 12 meses subiu 3,99%.
Para calcular o IPC-C1, a
FGV considera os gastos de
famílias com renda mensal
de 1 a 2,5 salários mínimos
-de R$ 510 a 1.275.
O dado do instituto de pesquisa mostra que a inflação
para os mais pobres caiu
mais do que a inflação para o
restante da população.
O IPC-Brasil, que mede a
variação de preços para famílias com renda de até 33 salários mínimos, caiu 0,08% em
agosto e avançou 4,06% em
12 meses.
O economista da FGV André Braz afirma que o comportamento dos preços dos
alimentos explica o índice
mais favorável para a baixa
renda. Os alimentos representam cerca de 40% dos
gastos dessas famílias.
Segundo Braz, no início
deste ano o preço dos alimentos subiu muito em razão de fatores climáticos. Leite, tomate, batata e açúcar foram alguns dos itens que registraram variações expressivas de preço.
Com a normalização da
oferta dos produtos, diz ele, a
inflação para as famílias
mais pobres voltou a cair.
TRANSPORTE E ALUGUEL
O economista destaca que
outros itens que pesam para
os que ganham até 2,5 salários mínimos também se
comportam agora de maneira mais favorável em comparação com o que foi verificado no início do ano.
É o caso dos transportes.
"Os ônibus urbanos tiveram
uma enxurrada de aumentos
no início do ano. Não vemos
mais esse movimento", afirma Braz.
Os gastos com aluguel, diz
ele, também estão estáveis
para essa faixa de renda.
"Os aluguéis dependem
da condição do mercado e da
condição de bom pagador do
locatário. Quando ele paga
direito, às vezes o proprietário opta por não aplicar o índice de inflação que indexa o
contrato e mantém o preço."
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