São Paulo, quinta-feira, 14 de outubro de 2010

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Brasil registra entrada de US$ 3 bi em uma semana

Volume atingiu 2ª maior marca do ano, apesar das medidas de contenção

Dólar comercial fechou novamente em queda, vendido a R$ 1,655; a cotação é a mais baixa desde setembro de 2008 EDUARDO CUCOLO
DE BRASÍLIA

O fluxo de dólares para o Brasil continua forte apesar das medidas já anunciadas pelo governo para tentar conter a queda da moeda americana.
O Banco Central registrou a entrada de US$ 3,3 bilhões no país por meio de operações financeiras na primeira semana de outubro. É o segundo maior volume do ano, atrás apenas do recorde de US$ 16,7 bilhões que entrou em setembro, mês que contou com os recursos da oferta de ações da Petrobras.
Ontem, o dólar comercial fechou novamente em queda, vendido a R$ 1,655. Essa é a cotação mais baixa desde 1º de setembro de 2008. O dólar turismo foi cotado por R$ 1,730 para venda e R$ 1,600 para compra.
As operações financeiras incluem, por exemplo, os investimentos em títulos públicos, que estão sendo tributados desde a semana passada com uma alíquota maior de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), de 4%.
Também entram nessa conta o dinheiro para Bolsa de Valores, cuja alíquota foi mantida em 2%, e os investimentos diretos em empresas.
Outra medida adotada pelo governo foi o aumento na compra de moeda estrangeira, que cresceu 60% na semana passada. As compras do início do mês (US$ 2,8 bilhões) já representam 25% das aquisições de setembro, também recordes.
Com essas aquisições, as reservas internacionais do Brasil chegaram a quase US$ 280 bilhões no início desta semana.
Para o economista João Medeiros, da corretora de câmbio Pioneer, o fluxo de dólares para o país continuará elevado ao longo do mês, já que muitos agentes têm lucrado com o diferencial entre os juros praticados aqui e no exterior.
Segundo ele, não há sinais de que o dólar já tenha alcançado um piso na cotação em relação ao real.


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