São Paulo, terça-feira, 15 de fevereiro de 2011 |
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Commodities reduzem superavit chinês Minério de ferro, 66% mais caro do que em janeiro de 2010, auxiliou o Brasil a exportar 95% mais para a China Superavit do gigante asiático diminuiu pela metade, de US$ 13,1 bi em dezembro para US$ 6,5 bi em janeiro FABIANO MAISONNAVE DE PEQUIM O superavit chinês caiu em janeiro ao menor nível em nove meses, reflexo da alta no preço de commodities importadas pelo gigante asiático, entre as quais o minério de ferro, principal produto da pauta de exportação brasileira para o país. Para analistas, o resultado deve aliviar um pouco a pressão sobre a China na reunião do G20 desta semana, em Paris. Nos últimos encontros, os EUA e outros países têm argumentado que o enorme superavit chinês é um dos grandes desequilíbrios da atual economia global. A China fechou o mês com um superavit de US$ 6,5 bilhões (cerca de R$ 11 bilhões), resultado de um volume de importação 51% maior do que em janeiro de 2010. Em dezembro, o superavit do gigante asiático havia sido de US$ 13,1 bilhões. Segundo os números oficiais chineses, os países exportadores de commodities, como Brasil, Austrália e África do Sul, foram os maiores beneficiados. O aumento na compra de produtos brasileiros foi de 95,4% em relação a janeiro de 2010. Já a China vendeu 49,7% a mais para o Brasil. O desempenho das exportações brasileiras para a China foi beneficiado pelo aumento do preço de seu principal produto, o minério de ferro: 66% mais caro na comparação com janeiro de 2010. A balança foi favorável ao Brasil em US$ 1,36 bilhão, segundo os números divulgados pela China, que costumam divergir dos dados oficiais brasileiros. Ao todo, o comércio Brasil-China movimentou US$ 5,9 bilhões em janeiro, mantendo o país como o décimo parceiro comercial do gigante asiático. As exportações chinesas em geral subiram 37,7% em relação ao mesmo período de 2010. As vendas foram puxadas pelos mercados emergentes, alta de 44%. Os números chineses sobre o início do ano costumam trazer distorções por causa do feriado móvel do Ano-Novo chinês, que neste ano começou duas semanas antes do que em 2010. Segundo o governo, tradicionalmente há uma aceleração no embarque e desembarque de mercadorias antes do período de descanso. Texto Anterior: Vinicius Torres Freire: A oposição se desmancha Próximo Texto: Foco: Preço alto do aluguel cria a "tribo do rato" em Pequim Índice | Comunicar Erros |
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