São Paulo, terça-feira, 15 de março de 2011 |
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Indústria de móveis prevê crescer 10% Expansão do mercado imobiliário e alta no consumo levaram o setor a um crescimento de 13% no ano passado Câmbio desfavorável fez segmento perder espaço no exterior; importações tiveram alta de 110% em 2010 MARIANA SALLOWICZ ENVIADA ESPECIAL A ARAPONGAS (PR) A expansão do mercado imobiliário e a alta no consumo das classes de renda mais baixas têm impulsionado o crescimento da indústria brasileira de móveis. Com foco voltado ao mercado nacional, o setor faturou R$ 29,7 bilhões em 2010, 13,4% a mais do que em 2009, segundo a Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário), com dados do Iemi (Instituto de Estudos e Marketing Industrial). "O crescimento da indústria da construção civil deverá elevar a demanda por móveis residenciais ainda mais neste ano", diz o presidente da Abimóvel, José Luiz Diaz Fernandez, na abertura da Movelpar (Feira de Móveis do Estado do Paraná). A previsão é que o setor moveleiro tenha alta de 10% no faturamento em 2011. Segundo Fernandez, o programa Minha Casa, Minha Vida tem sido um dos responsáveis pela expansão do setor. "Ao mesmo tempo, as famílias de baixa renda estão ampliando o consumo com a alta na renda." O presidente da Abimóvel afirma ainda que o setor discute com o Ministério do Desenvolvimento a criação de uma linha de financiamento de móveis voltada para famílias que comprarem imóveis pelo programa habitacional. O setor de móveis de alta decoração também faz previsões otimistas para 2011. "Neste ano, vemos o mercado ainda mais aquecido com o aumento da renda", afirma Fernando Flores, presidente da Abimad (Associação Brasileira das Indústrias de Móveis de Alta Decoração). Apesar do resultado positivo no mercado interno, o setor perdeu espaço internacionalmente. No ano passado, o país exportou US$ 598,5 milhões, alta de 4% em relação ao ano anterior, mas abaixo de 2008 (US$ 809,4 milhões). Enquanto isso, as importações cresceram 110%, de US$ 90 milhões para o valor de US$ 189,6 milhões. "As compras da China tiveram alta de 125% no ano passado", diz Fernandes. Para Fernandes, simplificar procedimentos e financiar as exportações poderiam estimular o setor. A jornalista MARIANA SALLOWICZ viajou a convite da Movelpar. Texto Anterior: Benjamin Steinbruch: Há muito por fazer Próximo Texto: Imposto de Renda/Serviço Folha-Declarecerto IOB: Receita libera hoje consulta a lote de 2006 Índice | Comunicar Erros |
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