São Paulo, domingo, 15 de maio de 2011

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Carlyle pretende investir mais US$ 1 bi no Brasil em dois anos

Fundo americano que adquiriu fatia da CVC busca negócios em áreas como varejo e logística

Escritório brasileiro virou prioridade na estratégia mundial; meta é alcançar mais dez aquisições no país

CAMILA FUSCO
DE SÃO PAULO

Depois de investir mais de US$ 1,5 bilhão no Brasil, a máquina de aquisições do fundo americano Carlyle não deve parar tão cedo.
A empresa de private equity (participação em empresas) pretende colocar mais US$ 1 bilhão no país ao longo dos próximos dois anos, em setores como varejo, infraestrutura e logística.
"A intenção é chegar a dez transações no país, com a meta de ser o fundo de private equity com melhores retornos", diz Juan Carlos Félix, diretor do Carlyle.
Colocado no centro das atenções do Carlyle no mundo, o escritório brasileiro tem recebido visitas dos gestores globais. Há duas semanas o fundador, Bill Conway, esteve no país para acompanhar a evolução das aquisições.
Desde o início de 2010, foram três transações. Duas estão em fase de amadurecimento: a operadora de turismo CVC e a administradora de benefícios Qualicorp -que apresentou o plano de abertura de capital à Comissão de Valores Mobiliários.
Já a Scalina, dona da Trifil, adquirida em agosto, está em movimento mais acelerado de expansão. A gestão está sendo profissionalizada e os fundadores, Ronaldo e Bruno Heilberg, foram indicados ao conselho.
Victor Serra, veterano do varejo, foi indicado para a presidência e estruturou três diretorias: operação, comercial e suporte.
"A principal meta é melhorar a eficiência das fábricas e melhorar a disponibilidade dos produtos", diz Serra.
Com três fábricas, duas na Grande São Paulo, e uma em Itabuna (BA), a Scalina quer aumentar a produção em 25% neste ano, chegando a 150 milhões de peças.
O plano de expansão da Scalina envolve ainda a extensão da linha de produtos -para ramos masculino e de acessórios- e expansão da operação internacional.
O Carlyle, que mantém três integrantes no conselho da Scalina, pretende reforçar o caixa da empresa para investimentos em tecnologia, marketing e produtos, além de aquisições de empresas com resultado operacional de até R$ 10 milhões.


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