São Paulo, domingo, 15 de maio de 2011

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Compra em site pessoal dificulta queixas

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os blogs e sites pessoais de venda ou troca de usados incentivam a entrada de novos consumidores no mercado virtual brasileiro.
Serão mais 4 milhões de usuários no primeiro semestre deste ano, estima Pedro Guasti, diretor-geral da e-bit, empresa de monitoramento de comércio eletrônico.
Vão se somar aos 23 milhões de e-consumidores que realizaram, ao menos uma vez, compra on-line até hoje.
Segundo a e-bit, o setor movimentou R$ 14,8 bilhões em 2010 e prevê atingir R$ 20 bilhões ao fim de 2011, uma alta de 35%.
Todo esse contingente precisa ter atenção redobrada quando o assunto é compra ou troca em blogs ou sites pessoais. O CDC (Código de Defesa do Consumidor) não se aplica ao negócio realizado em páginas virtuais de pessoas físicas.
"Não é relação de consumo porque essa pessoa não é caracterizada como fornecedora, não é uma empresa, nem tem CNPJ", diz Mariana Ferreira Alves, advogada do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).
Diante de algum problema, a saída é recorrer ao Código Civil e entrar com uma ação no Juizado Especial Cível. Não adianta procurar órgãos de defesa do consumidor, como o Procon.
"É uma compra entre particulares, como se você estivesse comprando um carro do seu vizinho", diz Mariana.
Ainda assim, a consultora de finanças pessoais Lilian Gallagher diz que o movimento, "comum em outros países, começa a virar moda agora no Brasil, e é uma iniciativa válida". Faz parte de um consumidor mais consciente e preocupado com o seu dinheiro, diz ela.
Na hora de mudar de casa o que fazer com o que não se quer mais? Thiago Kaczuroski, 25, especialista em mídias sociais, não vai deixar nada para trás. Colocou a coleção de máquinas fotográficas e outros produtos no kazulojinha.wordpress.com.
Ele vendeu tudo mais rápido do que imaginava. "Fiz o blog, anunciei no meu Twitter e no Facebook. Tenho em mente que sempre que vem coisa nova, uma velha tem que sair. Duas câmeras já viraram uma bicicleta. O resto vou investir na casa nova."


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