São Paulo, quinta-feira, 15 de julho de 2010

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Odebrecht quer investir US$ 10 bi no Peru

Empresa vai focar investimentos na área de energia; setor cresce 8% ao ano no país

DA REUTERS

A construtora brasileira Odebrecht prevê investir mais de US$ 10 bilhões no Peru nos próximos cinco anos, disse o diretor-superintendente da unidade peruana, Jorge Barata.
A empresa planeja construir três hidrelétricas no país -Chaglla, Cumba 4 e Chadin 2- com capacidades de geração entre 400 e 825 megawatts.
A companhia já tem a concessão definitiva de Chaglla, que terá capacidade de 400 megawatts e exigirá um investimento de US$ 900 milhões. O projeto deve incluir outros sócios internacionais.
A Odebrecht também recebeu a concessão provisória de Cumba 4, de 825 megawatts, e de Chadin 2, de 600 megawatts, que está na etapa de estudos de viabilidade.
Barata disse que o setor energético peruano tem um potencial elevado devido ao sólido crescimento econômico do país sul-americano.
Segundo analistas, a demanda de eletricidade cresce a um ritmo de 8% ao ano no Peru, puxada principalmente pela indústria de mineração.
""Há muito a fazer para abastecer o mercado local; o que estamos apostando justamente é em desenvolver projetos que garantam isso antes de trabalhar para a exportação", disse Barata.
Para financiar os projetos em execução e os previstos, a companhia avalia emitir bônus e colocar na bolsa de Lima ações de algumas de suas unidades locais, disse o executivo.
"O setor de concessão de rodovias poderia, por exemplo, se agrupar e fazer uma abertura de capital", sugeriu Barata.
A Odebrecht também participa no Peru de um plano para a construção de um gasoduto de US$ 3 bilhões e 1.045 quilômetros. Ele levará o gás dos ricos campos de Camisea até a costa sul do país.
""Estamos entregando neste mês o estudo de impacto ambiental, que é um ponto muito importante", disse Barata.
A obra deve começar em janeiro de 2011. A parte inicial deve ser finalizada em um ano e meio. O primeiro trecho ligará a área da floresta até Quillabamba, onde será instalada uma central termelétrica de cerca de 200 megawatts.
No setor rodoviário, a empresa também deve entregar em novembro deste ano uma rodovia interoceânica que ligará o Peru e o Brasil.


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