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Dono de aplicação suspeita foi preso por crime fiscal em Minas Gerais
HUDSON CORRÊA
ENVIADO ESPECIAL A JUIZ DE FORA (MG)
Titular de aplicação de R$
400 milhões que obteve rendimentos três vezes superiores às de mercado no banco
PanAmericano, controlado
por Silvio Santos, o empresário Adalberto Salgado Junior,
49, de Juiz de Fora (MG), já foi
preso por suspeita de crime
contra a ordem tributária.
Acusado do mesmo delito,
responde a ação penal na
Justiça Estadual de Minas
desde setembro deste ano.
O empresário tentou suspender o processo no Tribunal de Justiça, mas o pedido
foi negado.
Com pena de reclusão de
dois a cinco anos, o crime
contra ordem tributária é caracterizado como "suprimir
ou reduzir tributo, ou contribuição social".
Procurado ontem e sábado
em Juiz de Fora, o empresário
não telefonou de volta. Segundo o porteiro do prédio
onde mora, em área nobre da
cidade, ele não estava em casa ontem.
A prisão foi relatada pelo
próprio empresário ao prestar depoimento à Polícia Federal em julho de 2009.
Em Juiz de Fora, o empresário é conhecido por andar
pelas ruas a bordo de uma
Ferrari vermelha, relataram
taxistas à reportagem.
NEGÓCIOS
Filho do empresário Adalberto Salgado, 82, um dos
pioneiros no ramo cerealista,
"Adalbertinho", como é chamado pelo pai, herdou quatro apartamentos de mãe e
começou a investir em postos
de combustível, imóveis e na
área de "factoring" (compra
de cheques e promissórias).
Ele é suspeito de receber
mais de R$ 120 milhões de
rendimento por ano numa
aplicação no PanAmericano,
que recebeu aporte de R$ 2,5
bilhões do Fundo Garantidor
de Crédito (formado por contribuições dos bancos).
De acordo com técnicos do
Banco Central, as aplicações
de Salgado Junior podem ter
rendido a juros inflados artificialmente para camuflar
saída de recursos.
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