São Paulo, quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

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Crédito e câmbio dão força ao comércio

Setor teve, em 2010, maior alta desde 2001

PEDRO SOARES
DO RIO

O câmbio, responsável pela contenção da produção da indústria nos últimos meses do ano passado, ajudou o comércio varejista a registrar um volume recorde de vendas em 2010.
O setor cresceu 10,9% no período, a maior marca desde 2001, início da série da pesquisa de comércio do IBGE. Em 2009, a expansão havia sido de 5,9%.
A queda do dólar barateou importados e produtos nacionais que usam insumos produzidos no exterior. Desse modo, impulsionou as vendas de eletrodomésticos e móveis (alta de 18,3%), artigos de informática (24,1%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (8,8%), destaques em 2010.
Já a maior competição com importados e o recuo das exportações de alguns setores fizeram a indústria perder ritmo. O setor cresceu 10,5% em 2010, mas se desacelerou com força no segundo semestre por conta do câmbio.
"Parte da demanda está sendo atendida por importados, que passaram a custar menos", disse Carlos Thadeu de Freitas, economista da CNC (Confederação Nacional do Comércio).
Segundo Reinaldo Pereira, economista do IBGE, a ampliação do crédito, da renda e do emprego também alavancou o varejo. O ramo de supermercados, o de maior peso na pesquisa, cresceu 9% em 2010, na esteira do aumento da massa salarial.
Já o crédito e as desoneração de impostos beneficiaram o comércio de veículos (alta de 14,1%) e de material de construção (15,6%).
Em dezembro, as vendas ficaram estáveis na comparação com novembro. Trata-se "apenas" de sinal de "acomodação", após sete meses seguidos de crescimento, segundo Pereira.


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