São Paulo, segunda-feira, 16 de maio de 2011

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BÚSSOLA

Por onde começo a investir? Como ter mais disciplina e menos ansiedade?

K.M.

RESPOSTA DO PROFESSOR DA FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS WILLIAM EID JUNIOR - Para investir, primeiro é preciso organizar seu orçamento e começar a poupar seus recursos.
Comece estabelecendo objetivos claros de curto, médio e longo prazos para seus investimentos. O próximo passo é fazer uma planilha com seu orçamento familiar, listando todos os ganhos e os gastos mensais. Uma ideia é classificar as despesas familiares em quatro grupos distintos: A para alimentos, B para gastos básicos, C para despesas contornáveis e D para aqueles que são dispensáveis.
Com todas as despesas organizadas, é hora de definir quanto você pode e quer poupar por mês. O ideal é que a parcela reservada para seus investimentos seja algo entre 10% e 20% dos seus ganhos mensais.
Para conseguir reservar esse dinheiro, trate-o como se fosse um aluguel a pagar: poupe já no começo do mês e separe essa quantia do resto do orçamento.
Se deixar para separar a quantia só no final do mês, o mais provável é que já não tenha o dinheiro e, aí, não conseguirá poupar nunca.
Para começar a investir a partir do momento em que já estiver poupando, aplique no mais simples: a caderneta de poupança. Essa aplicação rende 6% ao ano, mais a TR (Taxa Referencial, que está em torno de 0,10% a 0,20% ao mês).
Mais tarde, quando você conseguir juntar um volume maior de recursos, será a hora de pensar em outras formas de aplicação. Para conter a ansiedade por rendimentos, é preciso analisar bem as condições de cada modalidade de aplicação antes de optar por alguma delas.
Ações, por exemplo, são investimentos de longo prazo e ideais para quem não precisa do dinheiro imediatamente e pode deixá-lo aplicado por alguns anos, atenuando os efeitos das oscilações naturais do mercado financeiro.

EU INVISTO EM

Maria Melilo, vencedora do BBB 11

"Minha mãe está administrando o dinheiro do prêmio. Estamos aplicando em fundos de investimento"

ETFs
Gostaria de investir mensalmente R$ 1.000 em ETFs, para uma aplicação de médio prazo. Essa é uma boa alternativa?
E.R., de São Paulo

RESPOSTA - ETFs (Exchange Trade Funds) são fundos que se comportam como índices de mercado ou grupos de ações. No Brasil, temos alguns, como o PIBB, o Ibovespa, o Smal Cap, o Mid Large Cap, o de Consumo e o Imobiliário. Todos representam grupos de ações e, como ações, devem ser investimentos de longo prazo. Se você está olhando para o médio prazo, eles só serão interessantes numa estrutura de diversificação da carteira. Mas pense que o ideal é olhar para o longo prazo.

POUPANÇA
Minha renda mensal é de R$ 2.500 e consigo guardar R$ 500. Já tenho R$ 10 mil na poupança e quero investir metade. Como?
R.C.

RESPOSTA - Poupança é um investimento simples, seguro e eficaz. Mas entendo sua preocupação. Se você não pretende usar o dinheiro no curto e médio prazos, pode aplicar num fundo de ações. É de esperar que, no longo prazo, as ações rendam mais do que a renda fixa, incluindo a poupança. Procure na internet rankings de fundos. Veja quais são os mais bem avaliados, considerando o que pode investir, e aí vá ao site da CVM (www.cvm.gov.br) para mais informações. A principal diz respeito à consistência do desempenho do fundo. Depois, veja no que ele investe. Fundos muito concentrados podem oferecer maior risco. Mas pense sempre que, para investir em ações, não pode haver uma data para retirar o dinheiro.

O ASSUNTO É PREVIDÊNCIA SOCIAL

INSS suspende 37.366 benefícios de segurados em 2011 por falta de saque

DE SÃO PAULO

Aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), bem como os segurados que recebem benefícios como o auxílio-doença, precisam ficar atentos para não ter o pagamento suspenso.
A Previdência Social suspende o benefício de todos os segurados que não efetuarem o saque do pagamento em um prazo de até 60 dias.
Somente neste ano, 37.366 benefícios foram suspensos porque os segurados não fizeram o saque no prazo, sendo 9.076 apenas em abril.
O segurado que teve o pagamento suspenso não perde o direito ao benefício. Entretanto, para que a liberação do dinheiro seja retomada, é necessário que ele se dirija até a agência previdenciária que mantém o benefício e peça a reativação do depósito.
Se um aposentado que teve o benefício concedido em São Paulo e hoje mora no Rio de Janeiro teve o pagamento suspenso porque ficou mais de 60 dias sem retirá-lo, deverá retornar à capital paulista para conseguir receber de volta. Não adianta solicitar o desbloqueio no banco.
"A medida foi criada para evitar o pagamento indevido e qualquer tentativa de fraude, como o saque do benefício de segurado já morto", informou o Ministério da Previdência Social.
O desbloqueio do pagamento é feito mediante a apresentação de um documento de identificação com foto -como a carteira de identidade ou a carteira de motorista. O sistema usado pela Previdência tem os dados cadastrais do segurado.
Se o segurado estiver impossibilitado de comparecer à agência por motivo de doença, poderá enviar um procurador em seu lugar -também será necessário apresentar atestado médico.
Quando o pagamento é restabelecido, o beneficiário também recebe os pagamentos que ficaram retidos.


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