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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Brasil é o 7º entre os países com maiores reservas
O Brasil está entre as sete
economias com o maior nível
de reservas em moeda estrangeira, segundo dados de
66 países coletados pelo FMI.
Com pouco mais de US$
250 bilhões, a maior parte
aplicada em títulos do governo dos EUA, o Brasil tem estoque de recursos superior ao
da maioria dos emergentes.
O valor está abaixo, no entanto, do acumulado pelas
outras três economias que fazem parte do Bric (Brasil,
Rússia, Índia e China).
A China é o país com as
maiores reservas, US$ 2,4 trilhões, seguida por Japão
(US$ 1 trilhão).
Por ser um seguro contra
crises, a acumulação de recursos tem custo. A estimativa é que esse valor seja próximo de US$ 30 bilhões.
O valor atual supera o necessário para evitar ataques
especulativos contra o país,
segundo o professor Fabio
Kanczuk, da FEA (Faculdade
de Economia e Administração da USP). Hoje, há recursos para pagar toda a dívida
externa (US$ 206 bilhões).
"Estão sobrando recursos.
E essas reservas custam caro.
Basta ver a diferença entre o
juro que a gente recebe e a taxa que o governo paga na dívida interna", diz Kanczuk.
Apesar do custo elevado,
as reservas evitaram oscilações mais fortes do dólar nas
crises internacionais, segundo o economista Flávio Serrano, do BES Investimentos.
"É relativamente custoso
manter esse estoque, mas
quanto maior for o colchão
de recursos, maior a capacidade de absorver turbulências", diz Serrano.
ERICSSON E TELEFÓNICA NEGOCIAM
Ericsson, fabricante de
equipamentos de telecomunicações, e Indra, que desenvolve sistemas, estão para assinar um acordo inédito com
a Telefónica.
Pela proposta, uma empresa em sociedade entre a
sueca Ericsson e a espanhola
Indra assume o desenvolvimento industrial de soluções
tecnológicas, originalmente
criadas pela Telefónica I+D,
unidade de pesquisa e desenvolvimento do grupo Telefónica, com sede em Madri.
A sociedade também vai
incorporar a totalidade das
ações da Telefônica Pesquisa
e Desenvolvimento, a filial
brasileira, em que trabalham
cerca de cem funcionários.
Fisco Até 12 de junho, só
191.383 empresas se adequaram para ter a nota eletrônica
(NF-E) que substituirá o documento em papel, segundo o diretor de Alianças da Mastermaq Softwares, Roberto Dias
Duarte. O número é baixo. O
processo de adequação de alguns setores começou há quatro anos. As 27 secretarias da
Fazenda esperam 1 milhão de
empresas registradas em 2010.
NY, NY O número de novas locações de escritórios em
Manhattan, em Nova York,
mais do que duplicou nos primeiros quatro meses deste
ano. O volume de contratos assinados cresceu 257% de janeiro a abril sobre igual período de 2009, segundo a Cushman & Wakefield. Em metros
quadrados, foram cerca de 730
mil no quadrimestre, o equivalente à média de 2002 a 2007.
CAÇA-TALENTOS
O foco das contratações serão profissionais capazes de
influenciar e obter o melhor
das equipes -ainda escassos
no mundo corporativo.
A conclusão é de Joseph
McCool, presidente da The
McCool Group LLC, que lança amanhã, em São Paulo, o
livro "Escolhendo Líderes"
(editora Saraiva/Fesa, com
246 páginas).
Além de ter experiência, o
executivo precisa estar disposto a aprender sempre,
lembra o autor.
"Se ele parar, sua capacidade de liderar e inspirar os
outros diminui."
NÚMEROS DA ENERGIA BRASILEIRA
R$ 490 mi
ESS previsto até mai/2010
O Encargo de Serviços do Sistema cobre a manutenção da confiança e da estabilidade
R$ 14,96 bi
Encargos totais da energia elétrica em 2009
Fonte: Abrace
INADIMPLÊNCIA CAI EM SÃO PAULO
O número de títulos apresentados nos cartórios e os
protestados diminuiu na cidade de São Paulo neste ano.
De janeiro a maio, foram
protestados 318,5 mil títulos
-entre duplicatas, cheques,
notas promissórias e outros-, com queda de 23% sobre igual período de 2009.
Os dados são do Instituto
de Estudos de Protesto de Títulos da Seção São Paulo.
O total de títulos apresentados, que inclui os pagos
após a notificação, os cancelados e os protestados, caiu
12% no acumulado do ano.
"Os credores, tanto empresas como pessoas físicas, estão tendo menos necessidade de enviar os títulos para
protesto", diz José Carlos Alves, presidente do instituto.
Momento Minsky O livro "Estabilizando uma Economia Instável", do economista norte-americano Hyman P.
Minsky (1919-1996), apresenta
uma teoria sobre investimentos. O autor explica por que a
economia global tem períodos
de inflação, de aumento na taxa de desemprego e de desaceleração econômica, além dos
motivos da crise de crédito,
que ele teria previsto.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, FLÁVIA MARCONDES e EDUARDO CUCOLO
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