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Estudo encomendado pelo governo é contrário a projeto em São Paulo
JANAINA LAGE
PLÍNIO FRAGA
DO RIO
Estudo encomendado pelo
governo à consultoria
McKinsey rejeita a hipótese
de construção de um novo
aeroporto em São Paulo.
Segundo a pesquisa, a
construção não é uma alternativa atraente, pois resultaria em maior divisão da demanda e em pior configuração econômica como centro
de distribuição de voos.
Segundo a Folha apurou,
essa é também a avaliação do
governo. Na visão do Ministério da Defesa e da Casa Civil, a exploração de um novo
aeroporto pela iniciativa privada em São Paulo neste momento abriria espaço para a
canibalização de Guarulhos.
A avaliação é que o modelo está mais em linha com aeroportos menores ou em novos mercados em expansão.
O diagnóstico da McKinsey indica que 13 dos 20 principais aeroportos já têm gargalos. O caso mais crítico é o
de São Paulo, que concentra
cerca de 25% do tráfego total.
O estudo foi financiado com
recursos do BNDES.
Para resolver o descompasso em relação ao crescimento da demanda, o estudo
afirma que serão necessários
investimentos em infraestrutura da ordem de R$ 25 bilhões a R$ 34 bilhões ao longo dos próximos 20 anos.
Uma das conclusões é que
os investimentos da Infraero
estão abaixo do necessário.
DEMANDA
Em 2009, São Paulo registrou em Guarulhos, Congonhas e Viracopos 38,5 milhões de passageiros, com
um crescimento da demanda
de 8,1% em relação a 2008.
Nos cálculos da McKinsey,
até 2030 a demanda em SP
deve atingir 91 milhões. Na
prática, é preciso ampliar a
capacidade até lá com o equivalente a três aeroportos de
Guarulhos. Em todo o país, a
estimativa é que a demanda
alcance 310 milhões de passageiros por ano até 2030.
Em 20 anos, Guarulhos deveria ter sua capacidade ampliada para ao menos 35 milhões de passageiros, e Viracopos, para 60 milhões. O estudo recomenda ainda que o
governo invista no acesso
ferroviário aos aeroportos.
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