São Paulo, quinta-feira, 16 de junho de 2011

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VAIVÉM

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Plantio atrasa, e oferta de feijão deve ter "vazio" nas próximas semanas

O mercado de feijão deve entrar em um vazio de oferta nas próximas semanas. Isso se deve ao atraso no plantio da terceira safra, que normalmente ocorre no início de abril, mas neste ano ocorreu em maio e início deste mês.
A avaliação é do analista Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, consultoria de Curitiba. Em vista da menor oferta, ele prevê uma tendência de alta nos preços do feijão-carioquinha.
O atraso no feijão ocorreu porque a colheita da soja terminou mais tarde.
Os produtores de feijão dão um espaço entre o fim da colheita da oleaginosa com o plantio de feijão devido à praga da "mosca branca".
O atraso de 35 a 40 dias no plantio fará com que o feijão novo apareça no mercado só em julho e em agosto.
Ainda há produto da safrinha de Mato Grosso, mas o volume é pequeno, segundo o analista.
É certo que o feijão subirá de preço, mas é difícil saber quanto, diz Brandalizze.
Apesar da oferta menor, "existe um limitador no meio do caminho, que são as férias de julho, quando a demanda interna recua", diz ele.
No final de julho, ele acredita que os supermercados voltem a fazer estoques, o que deve puxar os preços para cima. Dos atuais, R$ 110 a R$ 115, a saca deverá ficar entre R$ 150 e R$ 160 no campo, acredita Brandalizze.
Encerrada a terceira safra, a oferta de feijão virá da primeira safra de São Paulo, que será semeada no final deste mês e no início de julho.
Brandalizze acredita que esse produto estará no mercado a partir de outubro e novembro.
Pesquisa de preços da Folha indica R$ 115 por saca do carioquinha. No Paraná, a saca está custando R$ 100.

Produtores já negociaram 68% da produção de soja

A comercialização de soja está com ritmo mais acelerado neste ano do que no anterior, segundo dados da consultoria Safras & Mercado.
Até o dia 10 deste mês, pelo menos 68% da produção da oleaginosa prevista para a safra 2010/11 já tinha sido comercializada -em igual período de 2010 esse percentual era de 64%.
O Estado de Goiás registra o maior avanço na comercialização neste ano (81%), seguido de perto por Mato Grosso, líder nacional em produção (80%).
A Safras & Mercado indica que pelo menos 50 milhões de toneladas de soja já trocaram de mãos neste ano. A consultoria prevê produção total de 74 milhões para o período 2010/11.
Os produtores de Mato Grosso já comercializaram 16,4 milhões de toneladas.

Produção brasileira de nióbio sobe 50% até 2015

A produção brasileira de nióbio -metal usado para aumentar a resistência do aço- saltará de 80 mil toneladas em 2010 para 120 mil toneladas em 2015.
Nesse período, os investimentos das empresas atingirão US$ 400 milhões, segundo o Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração).
As perspectivas chamam a atenção do mercado internacional. O Brasil é o país com a maior reserva de nióbio do mundo; os EUA são um dos principais consumidores.
Não é à toa que o Wikileaks, site de vazamento de documentos secretos, revelou, no final de 2010, telegramas de diplomatas americanos que colocam o nióbio na lista de "itens estratégicos" e as minas brasileiras como locais "vitais" para a segurança dos Estados Unidos.

com PAOLA CARVALHO


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