São Paulo, sexta-feira, 16 de setembro de 2011 |
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ANÁLISE Busca por responsável traz memória de falha regulatória HAIG SIMONIAN DO "FINANCIAL TIMES", EM ZURIQUE O rombo de US$ 2 bilhões do UBS no terceiro aniversário do colapso do Lehman Brothers, quando o Parlamento suíço debate a adoção de controles mais rígidos sobre os bancos, motiva comentários sobre novos lapsos da regulamentação. As incertezas quanto à natureza do prejuízo e sobre a agência reguladora de qual país -Reino Unido ou Suíça- deveria se pronunciar impede uma reação imediata contra os supervisores. Só uma investigação detalhada vai revelar se o operador criminoso do UBS criou ou não um sistema para evitar ser detectado ou se sinais básicos foram ignorados. Mas a recente turbulência nos mercados deveria ter motivado vigilância extra dos supervisores, em vista dos ganhos e perdas potenciais. Desde a crise de 2008, os poderes das agências reguladoras aumentaram consideravelmente no mundo. Especialistas dizem que o UBS deveria ter contado com todos os controles de risco necessários para identificar ese tipo de problema. É fato que os chamados ETFs (fundos de investimento com cotas negociadas na Bolsa), cujas ordens chegam sempre pelo telefone, e os fundos do sistema "Delta One", que usam algoritmos e supercomputadores, podem resultar em riscos adicionais. A divisão de responsabilidades entre bancos e reguladoras ainda é opaca. Funcionários da Finma (reladora suíça) argumentam que os procedimentos detalhados de avaliação de riscos cabem aos bancos, enquanto a reguladora deve focar sua implementação mais ampla. Mas, como diz o UBS, "em última análise, ninguém está protegido contra fraudes ou infrações". Tradução de CLARA ALLAIN Texto Anterior: UBS, o maior banco suíço, anuncia rombo de US$ 2 bi Próximo Texto: Ex-diretor do Pan nega ter sacado R$ 500 mil em dinheiro Índice | Comunicar Erros |
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