São Paulo, sábado, 16 de outubro de 2010

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Tânia Bulhões pode prestar 4 anos de serviços

MPF fez o pedido após a confissão do crime

DE SÃO PAULO

O Ministério Público Federal de São Paulo pediu a condenação da empresária Tânia Bulhões à pena de quatro anos de prestação de serviços comunitários, após ter confessado à Justiça Federal fraudes na importação de artigos de luxo e ter feito acordo de delação premiada.
A pena corresponde ao perído máximo nos casos em que os réus, como aconteceu com a empresária, confessam crime e se comprometem a dar informações sobre a participação de outros envolvidos nas fraudes.
O MPF pediu ainda o pagamento de uma indenização em dinheiro, independente dos valores já pagos à Receita Federal. O fisco apurou o valor de R$ 1,2 milhão referente a impostos de importação devidos entre 2005 e 2006, já incluindo multa.
A empresária admitiu à 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo que, em 2004, montou um esquema de importação de artigos de luxo para reduzir o pagamento de impostos e expandir os negócios.
Na confissão, afirmou que seus sócios, a irmã Kátia Bulhões e Ivan Ferreira Filho, envolvidos no caso (que inclui à empresária outras dez pessoas) são inocentes.
A procuradora da República Anamara Osório Silva, responsável pelo caso, afirmou que pediu pena máxima restritiva de direitos, como prestação de serviços comunitários, pelo "número de delitos" -crimes de fraude a importações, evasão de divisas, fraude cambial, falsidade ideológica e quadrilha- e pela "gravidade".
Em nota, Tânia afirma que tem interesse em resolver a questão "o mais rapidamente possível", que está "cooperando com a Justiça", sem usar artifícios para "postergar o processo" e que o caso é "extremamente pontual".
(CLAUDIA ROLLI)



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