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VAIVÉM
MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br
Lavoura de trigo vai bem, mas preço não anima
Os bons preços do milho e
as dificuldades de comercialização encontradas pelos triticultores nos últimos anos fizeram com que os produtores
paranaenses pisassem um
pouco no freio no plantio de
trigo neste ano.
Com 54% da área destinada ao cereal no Estado já semeada, o espaço a ser dedicado ao trigo deverá recuar
12%, para 1,03 milhão de
hectares -1,17 milhão em
2010-, segundo Flávio Turra, da Ocepar.
A produtividade deste ano
não repetirá o bom desempenho de 2010, o que levará a
produção a recuar 17%.
Nos cálculos da Seab (secretaria de Agricultura do Paraná) e da Ocepar, a safra
deste ano deverá atingir 2,85
milhões de toneladas.
Na safra do ano passado,
foram colhidos 2.950 quilos
por hectare. Neste ano, a estimativa é de 2.770 quilos.
Pelo menos 90% das lavouras de trigo estão em estados considerados bom ou excelente, diz Turra, o que anima os produtores. Os preços,
no entanto, continuam próximos dos do valor mínimo
estipulado pelo governo e da
paridade de exportação.
O mercado internacional é
favorável. A demanda está
aquecida e deve sustentar os
preços externos. Mesmo assim, os produtores -que estiveram recentemente em reunião com membros do governo- querem algumas mudanças na política do trigo.
Uma delas é avaliar as importações de farinha da Argentina, uma política com a
qual toda a cadeia -produtores e moinhos- está afinada.
Os produtores levaram novamente ao governo duas
outras preocupações do setor: uma salvaguarda contra
as importações no período de
safra nacional e acabar com
as autorizações automáticas
de importação.
Turra diz que o ambiente
está favorável para essas
apreciações. Além da concorrência argentina, os brasileiros disputam o mercado interno com paraguaios e uruguaios, países que atualmente produzem para o Brasil.
Demanda Os usuários
de carros flex estão voltando
às bombas dos postos à procura de álcool, elevando a
demanda pelo combustível.
Essa procura maior fez com
que as usinas interrompessem a queda de preços que o
combustível vinha registrando nas semanas anteriores.
Quanto está O acompanhamento de preços do Cepea indica que o litro do hidratado foi negociado a
R$ 1,018 ontem em Paulínia
(SP). Na quarta-feira da semana passada, tinha recuado para até R$ 1,013.
Espera O algodão já acumula queda de 40% nos últimos 30 dias no mercado interno. Essa queda se deve à
redução dos preços no mercado internacional e do movimento de recuo dos compradores nacionais.
China Segundo o Imea
(Instituto Mato-Grossense de
Economia Agropecuária),
cancelamentos de embarques no mercado externo para os chineses indicam um
resfriamento do setor.
Volta a subir Após ter
recuado para R$ 99 por arroba, o boi gordo voltou a subir
no início desta semana no
mercado paulista. Pesquisa
da Informa Economics indicou R$ 101 por arroba ontem
no noroeste do Estado.
Prata Houve motivos para a alta do metal, mas o aumento foi excessivo em relação a outros metais, segundo
a Merrill Lynch.
OLHO NO PREÇO
COTAÇÕES
Mercado Interno
ALGODÃO
(R$ por arroba) 30,08
FEIJÃO
(R$ por saca) 101,67
Nova York
CAFÉ
(cent.de US$)* 264,00
ALGODÃO
(cent.de US$)* 151,15
* por libra-peso
Com KARLA DOMINGUES
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