São Paulo, terça-feira, 17 de maio de 2011

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VAIVÉM

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Lavoura de trigo vai bem, mas preço não anima

Os bons preços do milho e as dificuldades de comercialização encontradas pelos triticultores nos últimos anos fizeram com que os produtores paranaenses pisassem um pouco no freio no plantio de trigo neste ano.
Com 54% da área destinada ao cereal no Estado já semeada, o espaço a ser dedicado ao trigo deverá recuar 12%, para 1,03 milhão de hectares -1,17 milhão em 2010-, segundo Flávio Turra, da Ocepar.
A produtividade deste ano não repetirá o bom desempenho de 2010, o que levará a produção a recuar 17%.
Nos cálculos da Seab (secretaria de Agricultura do Paraná) e da Ocepar, a safra deste ano deverá atingir 2,85 milhões de toneladas.
Na safra do ano passado, foram colhidos 2.950 quilos por hectare. Neste ano, a estimativa é de 2.770 quilos.
Pelo menos 90% das lavouras de trigo estão em estados considerados bom ou excelente, diz Turra, o que anima os produtores. Os preços, no entanto, continuam próximos dos do valor mínimo estipulado pelo governo e da paridade de exportação.
O mercado internacional é favorável. A demanda está aquecida e deve sustentar os preços externos. Mesmo assim, os produtores -que estiveram recentemente em reunião com membros do governo- querem algumas mudanças na política do trigo.
Uma delas é avaliar as importações de farinha da Argentina, uma política com a qual toda a cadeia -produtores e moinhos- está afinada.
Os produtores levaram novamente ao governo duas outras preocupações do setor: uma salvaguarda contra as importações no período de safra nacional e acabar com as autorizações automáticas de importação.
Turra diz que o ambiente está favorável para essas apreciações. Além da concorrência argentina, os brasileiros disputam o mercado interno com paraguaios e uruguaios, países que atualmente produzem para o Brasil.

Demanda Os usuários de carros flex estão voltando às bombas dos postos à procura de álcool, elevando a demanda pelo combustível. Essa procura maior fez com que as usinas interrompessem a queda de preços que o combustível vinha registrando nas semanas anteriores.

Quanto está O acompanhamento de preços do Cepea indica que o litro do hidratado foi negociado a R$ 1,018 ontem em Paulínia (SP). Na quarta-feira da semana passada, tinha recuado para até R$ 1,013.

Espera O algodão já acumula queda de 40% nos últimos 30 dias no mercado interno. Essa queda se deve à redução dos preços no mercado internacional e do movimento de recuo dos compradores nacionais.

China Segundo o Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária), cancelamentos de embarques no mercado externo para os chineses indicam um resfriamento do setor.

Volta a subir Após ter recuado para R$ 99 por arroba, o boi gordo voltou a subir no início desta semana no mercado paulista. Pesquisa da Informa Economics indicou R$ 101 por arroba ontem no noroeste do Estado.

Prata Houve motivos para a alta do metal, mas o aumento foi excessivo em relação a outros metais, segundo a Merrill Lynch.

OLHO NO PREÇO
COTAÇÕES


Mercado Interno
ALGODÃO

(R$ por arroba) 30,08

FEIJÃO
(R$ por saca) 101,67

Nova York
CAFÉ

(cent.de US$)* 264,00

ALGODÃO
(cent.de US$)* 151,15


* por libra-peso

Com KARLA DOMINGUES


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