São Paulo, terça-feira, 17 de maio de 2011

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Desembolsos do BNDES recuam após cinco anos

Redução no primeiro trimestre é atribuída ao desaquecimento da economia

Luciano Coutinho também credita queda à decisão do banco de reduzir participação nos financiamentos


DO RIO

Em um sinal de desaquecimento da economia e de freada dos investimentos, os desembolsos do BNDES tiveram a primeira queda em um primeiro trimestre desde 2006. O valor chegou a R$ 24,9 bilhões, 2% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado.
Luciano Coutinho, presidente da instituição, destacou que caiu o ritmo de crescimento dos investimentos: de 20% ao ano para 10% ao ano. Uma queda importante, embora a taxa ainda seja o dobro da de expansão do PIB (Produto Interno Bruto).
Coutinho disse que a queda dos desembolsos também foi, em parte, causada pela mudança de estratégia do banco, que decidiu reduzir sua participação nos financiamentos para favorecer a presença de outros agentes, como o mercado financeiro.
O banco ressalta que o comportamento das liberações no primeiro trimestre do ano "está em linha" com as expectativas de estabilidade no nível dos desembolsos em 2011 em relação a 2010.
Em 12 meses encerrados em março, segundo o banco, eles "ficaram equilibrados em R$ 143,1 bilhões (sem a operação de capitalização da Petrobras, em setembro do ano passado), ou seja, no mesmo patamar de 2010".
Diante de juros mais altos e perspectivas de demanda mais fraca, empresários já se mostram menos dispostos a investir nos próximos meses. Tal tendência já aparece em sondagens.
O BNDES ressalta que as aprovações e os enquadramentos de empréstimos que vão se concretizar no futuro avançaram no primeiro trimestre -23% e 16% no acumulado em 12 meses, respectivamente. (PS e CM)


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