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SP ganha prefixo extra no celular até fim do ano
Novo código 10 permitirá mais combinações, hoje quase esgotadas
010 será usado na área do 011, sem cobrança de interurbano; usuário terá que acrescentar código em toda ligação
ANDREZA MATAIS
DE BRASÍLIA
Usuários de telefone celular da Grande São Paulo passarão a contar até o final do
ano com um prefixo extra,
além do 11, utilizado hoje por
35 milhões de pessoas. Estudo da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações),
obtido pela Folha, mostra
que a saturação de linhas deve ocorrer até o final de outubro, obrigando a adoção do
código 10 para atender a demanda em 63 cidades.
A mudança será necessária em razão da explosão de
vendas de aparelhos e chips,
que deixou o sistema, que suporta 37 milhões de combinações de números, no limite
de operação.
A implementação do novo
código dobra os números disponíveis em São Paulo, que
passariam a ser de 74 milhões, ou 3,5 por habitante,
suficiente para acompanhar
a expansão até 2025.
Com a alteração, as chamadas do prefixo 10 para o 11
não serão consideradas interurbanas. Para efetuar a ligação, a proposta da Anatel é
que o usuário disque 010 e o
número, mesmo nas ligações
locais. Se for chamada a cobrar, o usuário discaria 90 seguido do prefixo 10 ou 11.
Segundo estimativas das
operadoras, o custo para incluir um novo código é de
cerca de R$ 150 milhões. As
empresas devem arcar com
essa despesa, que pode ser
repassada para os usuários.
Cinco prestadoras operam
com o prefixo 11: Vivo, Claro,
TIM, Oi e Aeiou. A Vivo manifestou que apoia a implementação do código, "tendo
em vista a iminente escassez
de números na área 11", segundo sua assessoria.
As demais operadoras não
quiseram se manifestar, sob
a alegação de que o assunto
está em discussão na Anatel,
que abriu no dia 18 de maio
consulta pública sobre o tema. O prazo acaba no dia 21,
quando o órgão regulador
deve oficializar a decisão sobre o novo prefixo e colocar a
medida em prática.
A Folha apurou que a alternativa à implantação do
novo código seria adicionar
um nono dígito no número
da linha, mas foi descartada
pelo alto custo para implementação (R$ 304 milhões)
- e isso implicaria mudanças em todo o país pela necessidade de padronização.
SÓ O 011
Apenas o código 11 se encontra próximo à exaustão,
os demais ainda contam com
uma folga considerável para
suprir a demanda nos próximos anos, segundo a Anatel.
O fim da disponibilidade
de números de celular com
código 11 não será abrupta.
Dependerá, entre outros fatores, dos estoques que as redes de varejo tenham feito de
chips.
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