São Paulo, sábado, 17 de julho de 2010

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SP ganha prefixo extra no celular até fim do ano

Novo código 10 permitirá mais combinações, hoje quase esgotadas

010 será usado na área do 011, sem cobrança de interurbano; usuário terá que acrescentar código em toda ligação

ANDREZA MATAIS
DE BRASÍLIA

Usuários de telefone celular da Grande São Paulo passarão a contar até o final do ano com um prefixo extra, além do 11, utilizado hoje por 35 milhões de pessoas. Estudo da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), obtido pela Folha, mostra que a saturação de linhas deve ocorrer até o final de outubro, obrigando a adoção do código 10 para atender a demanda em 63 cidades.
A mudança será necessária em razão da explosão de vendas de aparelhos e chips, que deixou o sistema, que suporta 37 milhões de combinações de números, no limite de operação.
A implementação do novo código dobra os números disponíveis em São Paulo, que passariam a ser de 74 milhões, ou 3,5 por habitante, suficiente para acompanhar a expansão até 2025.
Com a alteração, as chamadas do prefixo 10 para o 11 não serão consideradas interurbanas. Para efetuar a ligação, a proposta da Anatel é que o usuário disque 010 e o número, mesmo nas ligações locais. Se for chamada a cobrar, o usuário discaria 90 seguido do prefixo 10 ou 11.
Segundo estimativas das operadoras, o custo para incluir um novo código é de cerca de R$ 150 milhões. As empresas devem arcar com essa despesa, que pode ser repassada para os usuários.
Cinco prestadoras operam com o prefixo 11: Vivo, Claro, TIM, Oi e Aeiou. A Vivo manifestou que apoia a implementação do código, "tendo em vista a iminente escassez de números na área 11", segundo sua assessoria.
As demais operadoras não quiseram se manifestar, sob a alegação de que o assunto está em discussão na Anatel, que abriu no dia 18 de maio consulta pública sobre o tema. O prazo acaba no dia 21, quando o órgão regulador deve oficializar a decisão sobre o novo prefixo e colocar a medida em prática.
A Folha apurou que a alternativa à implantação do novo código seria adicionar um nono dígito no número da linha, mas foi descartada pelo alto custo para implementação (R$ 304 milhões) - e isso implicaria mudanças em todo o país pela necessidade de padronização.

SÓ O 011
Apenas o código 11 se encontra próximo à exaustão, os demais ainda contam com uma folga considerável para suprir a demanda nos próximos anos, segundo a Anatel.
O fim da disponibilidade de números de celular com código 11 não será abrupta. Dependerá, entre outros fatores, dos estoques que as redes de varejo tenham feito de chips.


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