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Teles resistem a metas de qualidade
Operadoras móveis tentam barrar mudanças que preveem até medidor de velocidade de internet aos clientes
Novas regras podem ser alteradas antes da votação pelo conselho da agência e devem vigorar no início de 2011
JULIO WIZIACK
DE SÃO PAULO
As operadoras de celular já
estão se mobilizando contra
as novas regras da Anatel
(Agência Nacional de Telecomunicações) para melhorar a
qualidade do serviço, principalmente o da internet (3G).
A Folha apurou que, nas
últimas semanas, as operadoras começaram um roteiro
de visitas aos conselheiros da
agência para convencê-los a
retirar os pontos mais controversos do PGMQ (Plano Geral
de Metas de Qualidade).
Isso porque as mudanças
sugeridas pela conselheira
Emília Ribeiro permitirão à
agência monitorar se as teles
estão investindo adequadamente para que suas redes
suportem a venda crescente
de celulares e modens 3G para a internet.
Além disso, Ribeiro quer
obrigar as teles a oferecer aos
seus clientes um medidor de
velocidade para a internet.
Bastaria baixar o aplicativo
(programa) no celular ou no
notebook para monitorar a
velocidade da conexão.
Em novembro de 2009, a
Folha antecipou que a agência tomaria providências para forçar as teles a melhorar a
velocidade da internet 3G. As
regras em discussão agora
darão poder de fiscalização
ao consumidor, que hoje recebe menos de 10% da velocidade contratada.
Assim que as novas regras
entrarem em vigor, as teles
terão de oferecer no mínimo
50% da velocidade contratada em horários de pico até
um ano após a implementação das metas e 70% nos horários de baixo tráfego.
VIGILÂNCIA
As mensagens (torpedos),
que hoje demoram a chegar
(quando chegam), terão de
ser recebidas pelo destinatário em até um minuto. A margem de falha será de 5%, mas
elas jamais poderão deixar
de ser entregues.
As chamadas telefônicas
terão índice de eficiência de,
no mínimo, 95% e só 2% dos
telefonemas em curso poderão cair por falhas na rede. A
regra também será aplicada à
internet móvel. Mas, nesse
caso, as quedas de conexão
poderão atingir até 5%.
Para garantir que esse padrão seja mantido, a Anatel
criou um mecanismo que
permitirá avaliar se as centrais e antenas das operadoras estão capacitadas para
suportar a venda crescente
de telefones e modens 3G. O
sistema tentará evitar panes.
Caso essas regras não sejam cumpridas, a Anatel
abrirá processos administrativos, podendo aplicar multas contra as operadoras.
O PGMQ ficará aberto para
receber contribuições públicas por 45 dias pelo site
www.anatel.gov.br. Depois, a área técnica da Anatel
irá preparar o texto final. É
possível alterar as regras no
meio desse processo. As regras entram em vigor após a
aprovação pelo conselho diretor. Estima-se que estarão
valendo no início de 2011.
Consultadas, as operadoras disseram que estão analisando as regras e se pronunciarão na consulta pública.
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