São Paulo, domingo, 17 de julho de 2011

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Luta conquista fãs e vira negócio lucrativo

Eventos envolvendo campeonatos de MMA, ex-vale-tudo, movimentam cerca de US$ 100 milhões por ano no país

Em poucas horas, ingressos para torneio no Rio, em agosto, se esgotaram; marca UFC já pode valer US$ 2 bi

CIRILO JUNIOR
DO RIO

De brincadeira de fundo de garagem a negócio bilionário. A combinação de diversas artes marciais, antigamente conhecida como vale-tudo, ganhou regras, fãs e movimenta cada vez mais dinheiro.
O UFC (Ultimate Fighting Championship), organização que reúne e "batiza" os eventos de MMA (Mixed Martial Arts, ou Artes Marciais Combinadas), tem marca licenciada no Brasil desde o início de 2011. Já está exposta em 300 produtos, em 2.000 pontos de venda, e deve movimentar de US$ 80 milhões a US$ 100 milhões no país em pouco mais de um ano.
O sucesso é impulsionado pelo UFC Rio, evento que acontece em 27 de agosto, cujos ingressos se esgotaram em poucas horas. A etapa brasileira não ocorria desde o fim da década de 90.
O evento será transmitido, pela primeira vez, em televisão aberta em todo o mundo. A Rede TV! acertou a venda de quatro cotas de patrocínio, que renderão R$ 4,8 milhões aos cofres da emissora.
"Não há dúvidas de que teremos um recorde de audiência", diz o superintendente de jornalismo e esportes da Rede TV!, Américo Martins.
Hotéis da Barra, onde o evento será realizado, já têm ocupação média de 78% para o fim de semana do UFC, diz Alfredo Lopes, presidente da ABIH-RJ (associação da indústria hoteleira). A ocupação na Barra da Tijuca, nesse período, costuma ser de 68%.
Enquanto o evento não chega, os negócios em torno dele "impressionam", afirma Marcos Macedo, diretor da Exim Licenciamentos, que detém os direitos sobre a marca na América Latina, com exceção do México.
"Geralmente, o licenciamento tem curva de amadurecimento de um ano. O resultado até aqui é absurdo", diz. "Até o fim do ano, queremos ampliar em 30% os produtos licenciados. Com o UFC Rio, as vendas serão ainda melhores", diz Macedo.
A KS One, empresa de roupas e acessórios esportivos, vende desde a semana passada produtos da linha UFC na internet. O resultado inicial está bastante acima do esperado, segundo o sócio-diretor da empresa, Fábio Novaes.
O valor da marca UFC deu um salto estrondoso e estima-se que já valha US$ 2 bilhões.


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