São Paulo, terça-feira, 17 de agosto de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Magazine Luiza promete expansão até 2015

Após comprar Lojas Maia, rede foca ampliação no Nordeste, mas não descarta negócio com Máquina de Vendas

Presidente da empresa, Luiza Trajano diz que próximos alvos serão Rio, Espírito Santo e Centro-Oeste do país

Carlos Cecconello/Folhapress
Luiza Helena Trajano, presidente do Magazine Luiza, em seu escritório nos Jardins; grupo deve faturar R$ 5,8 bi em 2010

MARIANA SALLOWICZ
DE SÃO PAULO

Com lojas em 16 Estados, a rede varejista Magazine Luiza planeja estar presente em todo o país -e quase triplicar seu faturamento- até 2015.
"Teremos presença nacional, é o nosso desafio", disse a presidente do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, em entrevista à Folha.
A empresária, que prevê fechar o ano com faturamento de até R$ 5,8 bilhões, diz não se intimidar com as movimentações no setor -como a união entre Ricardo Eletro e Insinuante, que criou a Máquina de Vendas em março.
"Ser primeiro, segundo ou terceiro lugar é consequência, nunca foi fim para nós."
Após ter anunciado, no mês passado, a compra da rede nordestina Lojas Maia, a executiva afirma não estar negociando novas aquisições, e sim focando a consolidação no Nordeste.
Trajano diz não pensar em uma união com a Máquina de Vendas, como foi cogitado pelo mercado, mas diz nunca descartar um negócio. Leia trechos da entrevista.

 

AQUISIÇÕES
Não temos novos negócios em mãos porque estamos focados em consolidar a posição no Nordeste. Atualmente todos os nossos esforços estão voltados para a aquisição [da rede Lojas Maia].
Acabamos de assumir 141 lojas, dois centros de distribuição em uma região longe da gente [a sede da empresa fica no Estado de São Paulo].
Mas negócio se faz quando aparece, é oportunidade.

SEGUNDO LUGAR
Não é o meu objetivo [discutir a 2ª posição], senão a gente entra nessa guerra. Queremos continuar trabalhando sem perder o nosso DNA. Do contrário, fica um joguinho de passei e não passei.

REGIÕES
Como diz o Marcelo [Silva], nosso superintendente, para passarmos o Tratado de Tordesilhas [em alusão à linha imaginária que separava as áreas pertencentes a Portugal e Espanha nos tempos do Brasil colônia], faltam Rio, Espírito Santo e melhor presença no Centro-Oeste. Serão o nosso próximo foco.

NACIONAL
Até 2015 teremos presença nacional, é o nosso desafio. Vamos crescer por meio de aquisições, no momento certo, e organicamente.

MÁQUINA DE VENDAS
A gente conversa, mas não teve negociação. É muita especulação. O foco do Magazine sempre foi aquisição, não fusão. Não é nosso histórico [esse tipo de negócio], mas não se deve dizer "nunca".

ABERTURA DE CAPITAL
Pode ser em 2011 ou 2012, a data não está definida, mas o Magazine está cada vez mais pronto. Temos o balanço auditado há dez anos. Agora depende do mercado e dos resultados. E toda essa entrada de capital vai ser para expansão da companhia.

PONTO FRIO
O Ponto Frio tinha muito a ver conosco. Estavam na maioria dos Estados em que não estávamos e dobraríamos de faturamento com a compra. A gente tinha tudo para comprar, estávamos com dinheiro, com os investidores, mas foi uma questão de "timing" mesmo. Em todo processo que você quer muito e não consegue, você amadurece. Eu tive um processo de amadurecimento.

FOLHA.com
Assista a trecho da entrevista com Luiza Trajano
folha.com.br/mm782790


Texto Anterior: Análise: Bom clima econômico do país provoca boa safra de balanços
Próximo Texto: Frases
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.