São Paulo, sábado, 17 de setembro de 2011

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Indústria promete repassar redução no custo da energia

Sondagem mostra que 50% do corte no valor da energia iria para os preços

A outra metade seria usada pelo setor industrial para a recomposição de margens, diz Fiesp

AGNALDO BRITO

DE SÃO PAULO

Metade da redução no custo da energia elétrica será repassada aos preços da indústria. Uma redução de 20% no preço da eletricidade elevaria ainda em 2% os investimentos e em 1% a contratação no setor industrial paulista. Sondagem feita pela Fiesp mostra que a baixa de 20% no preço da conta de luz produziria efeitos em cascata na indústria.
O levantamento da Fiesp ouviu 368 empresas entre os dias 9 e 30 de agosto. Segundo a sondagem, 73% das empresas consultadas repassariam metade da queda para seus preços. A pesquisa mostra que a outra metade seria usada para recomposição das margens de lucro.
"A pesquisa comprova, com números, o que a Fiesp vem defendendo há meses. A redução no valor da energia vai contribuir para o aumento da competitividade de nossas empresas e nossos produtos", diz Paulo Skaf, presidente da Fiesp.
A Fiesp coordena a campanha nacional "Energia a Preço Justo". O objetivo é pressionar o governo a cumprir a atual legislação do setor elétrico e exigir licitações das 112 concessões que vencem a partir de 2015 no país.
A entidade crê que os leilões públicos das concessões reduziriam o custo da energia para o consumidor final em 20%. O argumento da Fiesp é que a nova licitação não envolveria mais a remuneração da base de ativos das concessões, que já teriam sido pagas.
Especialistas têm dito que a medida não garante esse efeito esperado pela Fiesp.
O governo ainda não se pronunciou sobre qual providência adotará em relação às concessões que vencerão, mas inclina-se a mudar a lei e a fazer a renovação dos contratos por mais 20 anos. Todas essas concessões já receberam uma prorrogação de 20 anos.

MALABARISMO
O custo da energia tem punido parte da indústria.
A Cofaz, fundição de alumínio, teve de montar uma termelétrica para reduzir custos no horário de pico, das 17h às 20h. Sem isso, a conta passaria de R$ 7.000 para R$ 11 mil por dia.


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