São Paulo, sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011 |
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Brasil e EUA devem firmar acordo, afirma economista Especialista que participou das negociações da Alca defende livre comércio O americano James Roberts diz que países deveriam celebrar acordo durante a visita de Obama ao Brasil JANAINA LAGE DO RIO O economista James Roberts, do instituto de pesquisa conservador Heritage Foundation, nos EUA, afirma que o Brasil deveria aproveitar a viagem do presidente dos EUA, Barack Obama, para negociar um amplo acordo de livre comércio. Roberts trabalhou por 25 anos no Departamento de Estado e participou das negociações para a criação da Alca (Área de Livre Comércio das Américas). "Isso é benéfico para os países. Espero que possamos avançar para um cenário de maior liberdade comercial", disse, após evento no Rio de Janeiro da Câmara de Comércio Americana. Conforme a Folha adiantou, Obama e a presidente Dilma Rousseff devem assinar um tratado de cooperação econômica e comercial (Teca, na sigla em inglês). O tratado cria um mecanismo bilateral para a discussão e resolução em âmbito ministerial das barreiras ao comércio e ao investimento entre os dois países, mas não tem a abrangência de um acordo de livre comércio. Como referência, Roberts citou o acordo que os EUA já têm hoje com o Peru. Negociações posteriores, como o acordo de livre comércio com a Colômbia, esbarram na dificuldade política de aprovação no Congresso. De um lado, grupos empresariais interessados no aumento das exportações americanas tentam trabalhar junto aos republicanos para pressionar o governo a avançar nesta área. De outro, esse tipo de acordo enfrenta a resistência de grupos sindicais e dos democratas. Roberts é o economista responsável pelo cálculo do Índice de Liberdade Econômica, uma parceria da Heritage Foundation com o "Wall Street Journal". Na última edição, o Brasil aparece em 113º lugar no ranking, que leva em conta aspectos como a facilidade de abrir uma empresa, de realizar investimentos, trocas comerciais e o nível de corrupção. A pior nota do Brasil é justamente relacionada ao nível de corrupção no país. Segundo o economista, embora o Brasil esteja atrás de outros países da região, como Chile e Paraguai, é visto hoje como um país sério. "Aplaudo a decisão de Obama de vir ao Brasil e não à Argentina, por exemplo, porque eles não merecem uma visita. Um acordo entre Brasil e EUA é uma aliança natural para os dois grandes países do hemisfério", disse. Texto Anterior: Rodoldo Landim: Infraestrutura para gás natural Próximo Texto: Aviação: Lufthansa vai aumentar em 60% a frequência de voos para o Brasil Índice | Comunicar Erros |
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