São Paulo, quarta-feira, 18 de maio de 2011

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VAIVÉM

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Para Fipe, álcool já não pressiona taxa de inflação no município de São Paulo

Chegou a hora da reversão do peso dos combustíveis na taxa de inflação. O produto, que era fator de pressão nas últimas semanas, começa a segurar a alta da inflação.
Os dados de ontem da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) apontam a primeira queda nos preços do álcool e a perda de ritmo da alta da gasolina no município de São Paulo.
O paulistano está pagando 4,3% menos pelo álcool hidratado, enquanto a gasolina parou de subir. A Fipe sempre compara os preços médios dos últimos 30 dias em relação aos 30 anteriores.
A entressafra da cana-de-açúcar, que provocou forte redução na oferta de álcool hidratado, fez o preço desse combustível subir até 17% em meados de abril -sempre considerando o acumulado de 30 dias.
A gasolina não apresenta queda nos preços médios calculados pela Fipe porque o derivado do petróleo começou a subir mais tarde.
A escassez de álcool anidro -misturado à gasolina- fez o derivado de petróleo subir só a partir do início de abril, acumulando aumento de 6,6% no mês.
Mas a gasolina também está em queda em vários postos de São Paulo. Por usar a média de preços de 30 dias em relação ao período anterior, a Fipe só vai captar essa redução nas próximas semanas.

OLHO NO PREÇO
COTAÇÕES


Londres

BRENT
(US$ p/ barril) 109,99

Nova York

PRATA
(cent.de US$)* 3.349

* por onça troy

Suspensão A Receita Federal regulamentou a suspensão da cobrança do PIS/Pasep e da Cofins da cadeia de suínos e de aves -do produtor de ração ao frigorífico.

Créditos A suspensão tem como objetivo diminuir a criação de créditos tributários, que são gerados quando, ao longo da cadeia, alguém compra um produto tributado. O governo estuda mudanças em outras cadeias, como a de suco de laranja e de café.

Falta produto A dificuldade para a obtenção de feijão de qualidade está puxando para cima os preços no mercado paulista. Segundo o Instituto de Economia Agrícola, após ter subido 6,5% na segunda-feira, o produto voltou a ter valorização ontem, de 9,1%.

Investimentos Rondonópolis (MT) terá no próximo ano o maior complexo agroindustrial e logístico para movimentação de grãos. A ALL fará investimentos de R$ 730 milhões na região.

Gasto com importação de farinha de trigo sobe 34%

A cadeia tritícola, de produtores a moinhos, pede que o governo regulamente as importações de farinha de trigo. O pedido tem como objetivo frear o avanço dos moinhos argentinos no mercado brasileiro. Os vizinhos do Sul respondem por 93% das importações do Brasil.
Até abril, os gastos brasileiros somaram US$ 91 milhões, 34% mais que em igual período anterior.
Os argentinos, principais exportadores de trigo para o Brasil, começaram a expandir as vendas de farinha há cinco anos. De janeiro a abril de 2006, colocaram 8.370 toneladas do produto no Brasil. No mesmo período deste ano, o volume atinge 216 mil toneladas (mais 2.480%).

Com LORENNA RODRIGUES


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