São Paulo, sábado, 18 de junho de 2011

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ANÁLISE

Research in Motion está muito mal; mas a finlandesa Nokia está ainda pior

DO "FINANCIAL TIMES"

As duas fabricantes de celular cujas sedes ficam pela altura do Círculo Ártico, a canadense RIM e a finlandesa Nokia, estão com problemas.
Ambas perdem mercado e poder de definir preços favoráveis, porque aparentemente não são capazes de lançar produtos inovadores em ritmo que as permita acompanhar a Apple ou fabricantes que usam o Google Android. As ações de ambas no momento têm suas cotações mais baixas em anos. O anúncio dos resultados trimestrais da RIM lembrou muito os recentes da Nokia, por incluir tanto números concretos como projeções bem abaixo do esperado.
Mas vale a pena lembrar que, por piores que sejam as perspectivas da RIM, as da Nokia são ainda mais negativas e falam em queda de preços e volumes em dimensão suficiente para reduzir o lucro da empresa a zero. Os pessimistas podem argumentar que em um ou dois trimestres a RIM estará igual.
Mas existem razões para que a RIM se prove capaz de sustentar as coisas por mais algum tempo. Seus principais clientes são empresariais -mais leais que os compradores de varejo dos quais a Nokia depende. E os preços médios da RIM continuam a ser três vezes mais altos que os da Nokia, o que oferece mais proteção aos lucros.
Não há dúvida de que a RIM está muito exposta. Caso não consiga levar produtos melhores aos mercados com mais rapidez, pode perder completamente a força.
Mas o fato de ainda ser lucrativa oferece prazo maior para correção. A RIM está trêmula; mas a Nokia já está quase congelada e desesperadamente à espera de ajuda. A distinção talvez não resulte em melhora para o investidor; mas não é irrelevante.

Tradução de PAULO MIGLIACCI


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