ADRs da estatal eram a principal aplicação no 1º tri, avaliadas em US$ 638 mi

Megainvestidor vendeu ainda ADRs de Bradesco e AmBev e reduziu aplicação no Walmart e no banco JPMorgan

ÁLVARO FAGUNDES
DE SÃO PAULO

O megainvestidor George Soros vendeu no segundo trimestre todas as suas aplicações em papéis da Petrobras, que eram o principal investimento da sua carteira ao menos até o fim de março.
No final do primeiro trimestre, os investimentos de Soros em ADRs (recibos de ações de empresas estrangeiras negociados na Bolsa de Nova York) da estatal estavam avaliados em US$ 638 milhões (R$ 1,1 bilhão).
Eles representavam, na ocasião, 7% da carteira.
A venda das ADRs da Petrobras faz parte do balanço trimestral que o Soros Fund Management tem que apresentar trimestralmente à SEC (a CVM americana) sobre os papéis que tem nos EUA.
Ele não é obrigado a divulgar as aplicações que tem fora dos Estados Unidos nem explicar a razão das vendas.
O mais recente relatório não diz quando a negociação ocorreu, mas, de 31 de março até 30 de junho, as ADRs da companhia brasileira se desvalorizaram em 23%.
Nesse mesmo período, o S&P 500 (índice da Bolsa de Nova York com as 500 maiores empresas norte-americanas) recuou 11,8%.
Soros se desfez, no segundo trimestre ainda, das ADRs do Bradesco e da AmBev (que somavam US$ 561 mil em março) -os papéis da Vale e da Net foram mantidos e estavam avaliados em pouco mais de US$ 3 milhões no final do segundo trimestre.
Os papéis das empresas brasileiras não foram os únicos afetados. O megainvestidor reduziu fortemente as suas aplicações em ações do Walmart (queda de 99%) e do JPMorgan (recuo de 97% ante o primeiro trimestre).
No total, as aplicações de Soros nos EUA somavam US$ 5,1 bilhões no segundo trimestre, US$ 3,7 bilhões menos que até março.


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