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EUA elegem Brasil como mercado-chave
Relatório sugere assistência aos exportadores, devido à complexidade das regras brasileiras
ANDREA MURTA
DE WASHINGTON
Relatório do governo americano destacou nesta semana o Brasil como um dos alvos prioritários para aumentar exportações e sugeriu
mais assistência a empresas
que querem vender ao país
devido a suas "complexas regras e taxas".
Ao lado de Índia e China, o
Brasil foi destacado como
mercado-chave na mais recente avaliação entregue ao
presidente americano, Barack Obama, sobre a Iniciativa Nacional de Exportações
(NEI, na sigla em inglês).
O plano foi anunciado pelos EUA em janeiro e pretende dobrar exportações do
país em cinco anos.
Segundo o relatório, oportunidades estratégicas podem ficar travadas pelos sistemas regulatório e tributário
brasileiro, chinês e indiano,
especialmente no caso de pequenas e médias empresas.
Isso exige, diz o texto,
mais empenho governamental. E novas missões comerciais devem ser preparadas
para os três países.
A intenção desses e outros
planos da NEI é que as exportações passem de US$ 1,57
trilhão, no ano passado, para
US$ 3,14 trilhões, em 2015, e
ajudem, com o incremento
produtivo, a diminuir a taxa
de desemprego no país, hoje
em 9,6%.
Brasil, Índia e China viraram alvos prioritários depois
de serem identificados pelo
Departamento do Comércio
dos EUA como países que deverão ter forte crescimento
nos próximos 12 meses.
Em relação ao Brasil, os
EUA pretendem focar esforços em três setores: energias
alternativas, infraestrutura
de transportes e aviação.
O Brasil também entrou
para uma lista de apenas nove focos principais de esforços do Ex-Im Bank dos EUA,
o órgão oficial de crédito à
exportação. Esses nove países, que incluem também
México, Colômbia e Índia,
têm investimentos em infraestrutura estimados em
mais de US$ 3 trilhões nos
próximos cinco anos.
Além disso, há intenção de
eliminar barreiras que inibem viagens para os EUA de
turistas provenientes do Brasil e da China. O maior acesso
ao processo de pedido de vistos americanos foi citado como elemento-chave para o
sucesso da estratégia.
A Iniciativa Nacional de
Exportações está sob estudo
há mais de seis meses. O relatório mais recente, divulgado
anteontem pelo governo
Obama, sugere caminhos
possíveis, que ainda terão de
ser detalhados no futuro.
O texto foi preparado pelo
Gabinete de Promoção de Exportações, que inclui, entre
outros, os secretários do Comércio, de Estado, do Tesouro e da Agricultura dos Estados Unidos.
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