São Paulo, sábado, 18 de setembro de 2010

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Retorno das obras é marco, diz ministro

DE SÃO PAULO

O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, disse à Folha que o retorno das obras que pertenceram à Cid Collection é um "marco" na cooperação internacional entre Brasil e os EUA.
O valor das cinco obras sequestradas nos EUA (cerca de US$ 12 milhões) é mais do que o dobro do que os EUA devolveram ao país em processos de doleiros.
Barreto diz que é um marco pelo simbolismo. "O processo de bloqueio e recuperação tem um efeito moral importante. Mas o mais importante é mostrar que ter recursos ilícitos no Brasil é um risco alto."
Pedro Abramovay, secretário nacional de Justiça, afirma que a repatriação mostra "que não adianta esconder recursos ilícitos em obras de arte".
As duas obras que voltam semana que vem e as três que devem retornar em 2011 devem ser vendidas no próximo ano, em leilão internacional, segundo Vânio Aguiar, que administra a massa falida do banco.
As obras podem ser vendidas porque o STJ (Superior Tribunal de Justiça) reverteu decisão do juiz Fausto de Sanctis, que entregara as obras a museus. Para o STJ, a coleção deve ser vendida para ressarcir os credores do banco.
Ontem, De Sanctis defendeu em decisão que o melhor seria entregar as obras a museus: "Não há perdas quando a coletividade é a grande beneficiada". (MCC)


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