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Retorno das obras é marco, diz ministro
DE SÃO PAULO
O ministro da Justiça,
Luiz Paulo Barreto, disse à
Folha que o retorno das
obras que pertenceram à
Cid Collection é um "marco" na cooperação internacional entre Brasil e os EUA.
O valor das cinco obras
sequestradas nos EUA (cerca de US$ 12 milhões) é
mais do que o dobro do que
os EUA devolveram ao país
em processos de doleiros.
Barreto diz que é um
marco pelo simbolismo. "O
processo de bloqueio e recuperação tem um efeito
moral importante. Mas o
mais importante é mostrar
que ter recursos ilícitos no
Brasil é um risco alto."
Pedro Abramovay, secretário nacional de Justiça,
afirma que a repatriação
mostra "que não adianta
esconder recursos ilícitos
em obras de arte".
As duas obras que voltam semana que vem e as
três que devem retornar em
2011 devem ser vendidas no
próximo ano, em leilão internacional, segundo Vânio
Aguiar, que administra a
massa falida do banco.
As obras podem ser vendidas porque o STJ (Superior Tribunal de Justiça) reverteu decisão do juiz Fausto de Sanctis, que entregara
as obras a museus. Para o
STJ, a coleção deve ser vendida para ressarcir os credores do banco.
Ontem, De Sanctis defendeu em decisão que o melhor seria entregar as obras
a museus: "Não há perdas
quando a coletividade é a
grande beneficiada".
(MCC)
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