São Paulo, sábado, 19 de junho de 2010

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Banda larga móvel supera a fixa no 1º trimestre, aponta pesquisa

Acesso à internet de alta velocidade por dispositivos sem fio cresceu 70% desde o final de 2009

Expansão foi puxada pelos telefones celulares 3G; preços do serviço ainda são barreira no país, afirma estudo


DE SÃO PAULO

Pela primeira vez, o número de acessos em alta velocidade à internet por dispositivos sem fio no Brasil superou o volume de acessos fixos no primeiro trimestre deste ano, aponta um levantamento divulgado ontem.
Ao final dos três primeiros meses deste ano, o total de acessos à internet por banda larga móvel somou 11,9 milhões, ante 11,8 milhões de acessos fixos, segundo levantamento da consultoria de telecomunicações Teleco em parceria com a fabricante chinesa de equipamentos Huawei.
O levantamento considera banda larga as conexões com velocidade superior a 256 Kbps.
O desempenho do primeiro trimestre marca uma expansão de 70% no número de acessos móveis à internet em alta velocidade em relação aos 7 milhões do final de 2009, segundo o levantamento.

Foram 4,9 milhões de novos acessos de banda larga móvel no primeiro trimestre. O levantamento aponta que o crescimento foi puxado pelos celulares 3G, que totalizavam 8,7 milhões no final de março.
O restante dos acessos de banda larga móvel são modems, usados em notebooks e outros computadores.
Enquanto isso, a base de linhas fixas de banda larga cresceu apenas 3,5% na comparação com os 11,4 milhões do ano passado.
Com isso, a consultoria reviu suas estimativas para 2010 para um total de 18 milhões de acessos móveis e 13 milhões de fixos, ante previsão anterior de 15 milhões de acessos em banda larga móvel e 14 milhões por redes fixas neste ano.
Recentemente, a Vivo, maior operadora celular do país, anunciou plano para expandir sua cobertura de acesso em tecnologia de terceira geração (3G) de 600 para cerca de 2.800 cidades do país até o final de 2011.
Segundo o levantamento da Teleco, a banda larga móvel representou no primeiro trimestre 15% da receita das operadoras celulares do país -há um ano eram 11,5%.

PREÇOS
Apesar do crescimento vigoroso, "a densidade de banda larga no Brasil está abaixo da média mundial", afirma o levantamento.
O estudo cita que os preços da banda larga móvel no Brasil são maiores que os praticados na América Latina e na Europa, "influenciados pela carga tributária e pelo subdimensionamento das redes, em especial em relação à capacidade das redes de transmissão".
No Brasil, pacotes de banda larga móvel com volume de dados de 500 Mbytes e de 1 Gbyte custam, em média, R$ 69,90 e R$ 84,90. Já na Argentina, o pacote de 500 Mbytes sai por, em média, R$ 31,65.
Com a Reuters



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