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Banda larga móvel supera a fixa no 1º trimestre, aponta pesquisa
Acesso à internet de alta velocidade por dispositivos sem fio cresceu 70% desde o final de 2009
Expansão foi puxada pelos telefones celulares 3G; preços do serviço ainda são barreira no país, afirma estudo
DE SÃO PAULO
Pela primeira vez, o número de acessos em alta velocidade à internet por dispositivos sem fio no Brasil superou
o volume de acessos fixos no
primeiro trimestre deste ano,
aponta um levantamento divulgado ontem.
Ao final dos três primeiros
meses deste ano, o total de
acessos à internet por banda
larga móvel somou 11,9 milhões, ante 11,8 milhões de
acessos fixos, segundo levantamento da consultoria
de telecomunicações Teleco
em parceria com a fabricante
chinesa de equipamentos
Huawei.
O levantamento considera
banda larga as conexões com
velocidade superior a 256
Kbps.
O desempenho do primeiro trimestre marca uma expansão de 70% no número
de acessos móveis à internet
em alta velocidade em relação aos 7 milhões do final de
2009, segundo o levantamento.
Foram 4,9 milhões de novos acessos de banda larga
móvel no primeiro trimestre.
O levantamento aponta que
o crescimento foi puxado pelos celulares 3G, que totalizavam 8,7 milhões no final de
março.
O restante dos acessos de
banda larga móvel são modems, usados em notebooks
e outros computadores.
Enquanto isso, a base de linhas fixas de banda larga
cresceu apenas 3,5% na comparação com os 11,4 milhões
do ano passado.
Com isso, a consultoria reviu suas estimativas para
2010 para um total de 18 milhões de acessos móveis e 13
milhões de fixos, ante previsão anterior de 15 milhões de
acessos em banda larga móvel e 14 milhões por redes fixas neste ano.
Recentemente, a Vivo,
maior operadora celular do
país, anunciou plano para
expandir sua cobertura de
acesso em tecnologia de terceira geração (3G) de 600 para cerca de 2.800 cidades do
país até o final de 2011.
Segundo o levantamento
da Teleco, a banda larga móvel representou no primeiro
trimestre 15% da receita das
operadoras celulares do país
-há um ano eram 11,5%.
PREÇOS
Apesar do crescimento vigoroso, "a densidade de banda larga no Brasil está abaixo
da média mundial", afirma o
levantamento.
O estudo cita que os preços
da banda larga móvel no Brasil são maiores que os praticados na América Latina e na
Europa, "influenciados pela
carga tributária e pelo subdimensionamento das redes,
em especial em relação à capacidade das redes de transmissão".
No Brasil, pacotes de banda larga móvel com volume
de dados de 500 Mbytes e de
1 Gbyte custam, em média,
R$ 69,90 e R$ 84,90. Já na Argentina, o pacote de 500
Mbytes sai por, em média, R$
31,65.
Com a Reuters
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