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Braço privado do Bird investe em habitação para baixa renda
IFC vai injetar até US$ 47 milhões na Brookfield Incorporações
CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO
A Brookfield Incorporações vai receber até US$ 47
milhões do Bird (Banco Mundial) para a construção de
moradias populares.
Os recursos virão do IFC
(International Finance Corporation), braço do banco
responsável pelo apoio a empresas privadas.
Do total, US$ 17 milhões
serão investidos diretamente
e o IFC passará a controlar
10% das ações do ramo da
Brookfield voltado ao segmento de baixa renda.
Os outros US$ 30 milhões
representam uma linha de
crédito de longo prazo (de até
sete anos) que vai ser utilizada à medida que a incorporadora entre em novos projetos
relacionados a residências
populares.
"É um tipo de financiamento difícil de encontrar
nos bancos locais", afirma
Luiz Rogélio Tolosa, diretor-executivo de Relações Institucionais e com Investidores
da companhia.
Ainda segundo Tolosa, a
partir do investimento do
IFC, a Brookfield pretende incrementar a atuação no segmento de baixa renda, de
moradias com valor até
R$ 130 mil, por meio do programa Minha Casa, Minha
Vida do governo federal.
"Mas, mesmo assim, vamos manter o perfil da empresa, que tem 50% dos empreendimentos voltados à
classe média, com valores de
R$ 130 mil a R$ 500 mil",
completa o executivo.
A Brookfield Incorporações foi criada há um ano, como resultado da união de
Brascan Residential Properties, Company S.A. e MB Engenharia.
DEFICIT HABITACIONAL
Esse investimento do IFC
na Brookfield é o primeiro
feito pela instituição no Brasil com foco na construção de
moradias.
"A intenção é melhorar a
qualidade de vida da população de baixa renda. Esperamos manter uma parceria de
longo prazo", diz Andrew
Gunther, executivo sênior do
IFC no país.
O governo federal reconhece um deficit habitacional urbano de cerca de 6 milhões de moradias.
Entre junho de 2009 e junho de 2010, os novos investimentos do IFC no Brasil superaram US$ 1 bilhão.
Desde 1956, quando se tornou membro do IFC, o país
recebeu US$ 11,1 bilhões da
instituição para o setor privado -maior volume da América Latina.
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