São Paulo, sábado, 19 de junho de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Braço privado do Bird investe em habitação para baixa renda

IFC vai injetar até US$ 47 milhões na Brookfield Incorporações

CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO

A Brookfield Incorporações vai receber até US$ 47 milhões do Bird (Banco Mundial) para a construção de moradias populares.
Os recursos virão do IFC (International Finance Corporation), braço do banco responsável pelo apoio a empresas privadas.
Do total, US$ 17 milhões serão investidos diretamente e o IFC passará a controlar 10% das ações do ramo da Brookfield voltado ao segmento de baixa renda.
Os outros US$ 30 milhões representam uma linha de crédito de longo prazo (de até sete anos) que vai ser utilizada à medida que a incorporadora entre em novos projetos relacionados a residências populares.
"É um tipo de financiamento difícil de encontrar nos bancos locais", afirma Luiz Rogélio Tolosa, diretor-executivo de Relações Institucionais e com Investidores da companhia.
Ainda segundo Tolosa, a partir do investimento do IFC, a Brookfield pretende incrementar a atuação no segmento de baixa renda, de moradias com valor até R$ 130 mil, por meio do programa Minha Casa, Minha Vida do governo federal.
"Mas, mesmo assim, vamos manter o perfil da empresa, que tem 50% dos empreendimentos voltados à classe média, com valores de R$ 130 mil a R$ 500 mil", completa o executivo.
A Brookfield Incorporações foi criada há um ano, como resultado da união de Brascan Residential Properties, Company S.A. e MB Engenharia.

DEFICIT HABITACIONAL
Esse investimento do IFC na Brookfield é o primeiro feito pela instituição no Brasil com foco na construção de moradias.
"A intenção é melhorar a qualidade de vida da população de baixa renda. Esperamos manter uma parceria de longo prazo", diz Andrew Gunther, executivo sênior do IFC no país.
O governo federal reconhece um deficit habitacional urbano de cerca de 6 milhões de moradias.
Entre junho de 2009 e junho de 2010, os novos investimentos do IFC no Brasil superaram US$ 1 bilhão.
Desde 1956, quando se tornou membro do IFC, o país recebeu US$ 11,1 bilhões da instituição para o setor privado -maior volume da América Latina.


Texto Anterior: Banda larga móvel supera a fixa no 1º trimestre, aponta pesquisa
Próximo Texto: Raio-X da Brookfield
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.