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Anac estuda abrir aeroportos de madrugada durante a Copa
Medida visa a compensar defasagem do crescimento da infraestrutura em relação à demanda
Empresas desenvolvem estratégias como adotar horários alternativos e aviões maiores em rotas mais movimentadas
DO RIO
DE SÃO PAULO
A Anac (Agência Nacional
de Aviação Civil) estuda estender horários de operação
dos aeroportos ligados às 12
cidades-sede da Copa durante a madrugada para atender
o aumento da demanda.
Isso deve ocorrer caso os
investimentos em infraestrutura necessários não sejam
viabilizados a tempo. Outra
alternativa que a agência
chegou a cogitar foi a abertura de algumas bases militares, como o Campo dos Afonsos (RJ), para a aviação geral
(voos não regulares), hipótese considerada improvável.
A agência pretende contratar pessoal por meio de
concurso público e investir
em tecnologia. A Anac planeja usar um software para determinar a alocação de espaços de pouso e decolagem em
aeroportos mais saturados.
A Infraero afirma que investirá R$ 5,55 bilhões para
atender a demanda projetada em 13 aeroportos. Grande
parte das obras só ficará
pronta em meados de 2013.
Doze aeroportos receberão
estruturas provisórias. O
maior investimento será feito
em Cumbica (SP), de R$ 1,223
bilhão, que inclui obras no
pátio, na pista e no terminal.
O ministro do Turismo,
Luiz Barretto, afirma que outros países já adotaram as estruturas temporárias como
solução, como Canadá, Portugal e EUA. "Não é demérito, é o caminho para melhorar a qualidade dos terminais
até a Copa", disse.
ALTERNATIVAS
Enquanto os investimentos ainda estão em andamento, as companhias têm usado
alternativas para atender o
aumento da demanda.
A TAM oferece tarifas mais
baixas fora de horários de pico do passageiro corporativo
(início da manhã e da noite).
"A ascensão das classes C
e D está ligada ao bom desempenho da economia, mas
a infraestrutura ficou carente
de investimentos. A solução
é investir em mais pátio e terminal de passageiros", afirmou Paulo Castello Branco,
da TAM.
A Gol afirma que em mercados específicos trocou aeronaves com capacidade para 144 passageiros por outras
que comportam 184 assentos. Além disso, tem procurado trabalhar com centros de
distribuição de voos em aeroportos com mais capacidade
de crescimento.
Nas contas da empresa, o
país tem mais 100 milhões de
pessoas com potencial para
passar a viajar de avião.
As empresas aéreas já fazem também pequenas distinções em serviços como o
de alimentação entre os diferentes tipos de voo.
A Gol, por exemplo, oferece um serviço padrão em
voos domésticos com biscoitos e amendoim. Na ponte
aérea, lanches e saladas. Em
outros 50 voos, há venda de
sanduíches a bordo.
Como resume o ministro
do Turismo, é preciso ter diversidade: "Tem de ter o Fasano para a classe A, mas
também pode ter um bom
sanduíche para a classe C".
(JANAÍNA LAGE e CLAUDIA ROLLI)
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