São Paulo, segunda-feira, 19 de setembro de 2011

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Erro financeiro de atleta deixa lição geral

Para especialistas, conselhos para boa gestão de fortuna pessoal de esportista devem ser seguidos por todos

Ex-atletas sugerem calma para fazer investimento, pouca ostentação e ajuda de assessores do ramo

RON LIEBER
DO "NEW YORK TIMES"

Michael Vick entrará em campo no domingo com o uniforme do Philadelphia Eagles, o time de futebol americano que o acolheu depois de seu período na prisão.
Mas graças ao pedido de falência pessoal que apresentou depois de ser encarcerado, ele também jogará pela BMW Financial Services, Dodson Pest Control, Summertime Pool e Monticello Woods Homeowners Association.
Não se trata de patrocinadores, mas de algumas das diversas empresas credoras com direito a parte do que venha a receber.
Vick não está sozinho no time dos atletas falidos. Bernie Kosar, antigo astro do Cleveland Browns, e Mark Brunell, armador reserva do New York Jets por algumas temporadas, passaram por falências pessoais.
Os problemas financeiros dos atletas profissionais oferecem lições que qualquer pessoa pode aproveitar.
O conselho de Steve Young -atleta que se tornou sócio de uma gestora de capital privado-é desacelerar, algo que a associação dos jogadores de futebol americano também recomenda.
"Não há necessidade alguma de se envolver imediatamente em investimentos de qualquer espécie." Ele sugere investir em títulos com a melhor classificação de risco.
Mas esse é um conselho que atletas enfrentam dificuldades para seguir. Quando Vick expôs sua situação, estava envolvido em toda espécie de altos investimentos.
Pode chegar o dia em que um atleta deseje-ou precise-de um retorno mais elevado do que o dos títulos. Outros desejarão fincar raízes e ajudar suas famílias.
Os psicólogos sugerem uma tendência a superdimensionar gestos financeiros
Em seu pedido de falência, Vick menciona, por exemplo, gastos de até US$ 150 mil em joias dadas ao irmão.
Reggie Wilkes, assessor financeiro do Merrill Lynch que jogou no Eagles, recomenda "pensar pequeno"; que comprem casas modestas, e não luxuosas.
Wilkes diz ter decidido trabalhar no ramo porque pelo menos 80% de seus antigos colegas tinham histórias horripilantes sobre seus investimentos. Ele sugere uma camada adicional de proteção.
"O ideal é que haja separação de serviços", disse, em parte para que diferentes consultores fiscalizem os serviços uns dos outros.
Tradução de PAULO MIGLIACCI



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