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commodities
Ásia e preços em alta devem garantir receita recorde à Vale
Minério de ferro sobe de US$ 60 para US$ 120 em 12 meses; cotação deve continuar subindo
Com 82,6 milhões de toneladas no terceiro trimestre, empresa retomou patamar de produção pré-crise
CIRILO JUNIOR
DO RIO
A Vale retomou o patamar
de produção observado no
período anterior à crise internacional. No terceiro trimestre deste ano, foram 82,6 milhões de toneladas de minério de ferro.
O volume é bem próximo
do recorde de produção de
85,8 milhões de toneladas,
registrado no terceiro trimestre de 2008.
Comparado ao segundo
trimestre deste ano, houve
alta de 8,9%. Em relação a
igual período de 2009, a expansão foi de 23,7%. No ano
passado, a produção da Vale
havia despencado, fortemente afetada pela crise financeira, que retraiu a demanda,
especialmente no mercado
europeu.
Ao mesmo tempo, a empresa direcionou suas vendas para o mercado chinês,
que seguiu consumindo,
pouco influenciado pela turbulência.
Ao longo deste ano, o apetite chinês seguiu crescendo,
e a Europa voltou a demandar muitos produtos. No acumulado de janeiro a setembro, a produção soma 227,5
milhões de toneladas, 30,4%
acima do constatado em período correspondente no ano
passado.
"O mundo ainda está capenga, mas a demanda por
minério aumenta. A China,
especialmente, quer um produto de qualidade, que é encontrado no Brasil", avaliou
Pedro Galdi, analista da SLW
corretora.
Os ventos sopram a favor
da Vale. Junto com a alta na
produção, os preços do minério de ferro dobraram do
ano passado para cá. Atualmente, a empresa vende cada tonelada do produto, em
média, por US$ 120, cotação
que deve subir ainda mais
até o final deste ano. No terceiro trimestre de 2009, o valor médio era de US$ 60 por
tonelada.
A combinação de preço e
produção em alta deve garantir à mineradora brasileira, líder no mercado de minério de ferro, o melhor resultado financeiro trimestral em
sua história.
"Mesmo com o dólar mais
fraco, o resultado deve ser
muito bom. Os resultados da
produção vieram acima do
esperado", observou Antônio Ruiz, analista do Banco
do Brasil.
A produção de pelotas totalizou 13,6 milhões de toneladas, recorde trimestral, assim como as produções de
carvão e bauxita, que totalizaram, respectivamente, 1,9
milhão e 3,8 milhões de toneladas.
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