São Paulo, terça-feira, 19 de outubro de 2010

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Ásia e preços em alta devem garantir receita recorde à Vale

Minério de ferro sobe de US$ 60 para US$ 120 em 12 meses; cotação deve continuar subindo

Com 82,6 milhões de toneladas no terceiro trimestre, empresa retomou patamar de produção pré-crise

CIRILO JUNIOR
DO RIO

A Vale retomou o patamar de produção observado no período anterior à crise internacional. No terceiro trimestre deste ano, foram 82,6 milhões de toneladas de minério de ferro.
O volume é bem próximo do recorde de produção de 85,8 milhões de toneladas, registrado no terceiro trimestre de 2008.
Comparado ao segundo trimestre deste ano, houve alta de 8,9%. Em relação a igual período de 2009, a expansão foi de 23,7%. No ano passado, a produção da Vale havia despencado, fortemente afetada pela crise financeira, que retraiu a demanda, especialmente no mercado europeu.
Ao mesmo tempo, a empresa direcionou suas vendas para o mercado chinês, que seguiu consumindo, pouco influenciado pela turbulência.
Ao longo deste ano, o apetite chinês seguiu crescendo, e a Europa voltou a demandar muitos produtos. No acumulado de janeiro a setembro, a produção soma 227,5 milhões de toneladas, 30,4% acima do constatado em período correspondente no ano passado.
"O mundo ainda está capenga, mas a demanda por minério aumenta. A China, especialmente, quer um produto de qualidade, que é encontrado no Brasil", avaliou Pedro Galdi, analista da SLW corretora.
Os ventos sopram a favor da Vale. Junto com a alta na produção, os preços do minério de ferro dobraram do ano passado para cá. Atualmente, a empresa vende cada tonelada do produto, em média, por US$ 120, cotação que deve subir ainda mais até o final deste ano. No terceiro trimestre de 2009, o valor médio era de US$ 60 por tonelada.
A combinação de preço e produção em alta deve garantir à mineradora brasileira, líder no mercado de minério de ferro, o melhor resultado financeiro trimestral em sua história.
"Mesmo com o dólar mais fraco, o resultado deve ser muito bom. Os resultados da produção vieram acima do esperado", observou Antônio Ruiz, analista do Banco do Brasil.
A produção de pelotas totalizou 13,6 milhões de toneladas, recorde trimestral, assim como as produções de carvão e bauxita, que totalizaram, respectivamente, 1,9 milhão e 3,8 milhões de toneladas.


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