São Paulo, sexta-feira, 19 de novembro de 2010

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Leilão do pré-sal ficará para o 2º semestre de 2011

Atraso na elaboração do marco regulatório acarreta adiamento de leilões

11ª rodada da Agência Nacional do Petróleo também depende da votação de novas regras no Congresso Nacional

CIRILO JUNIOR
ENVIADO A PORTO ALEGRE

O governo deve adiar novamente a realização de novos leilões de blocos com potencial para a exploração de petróleo e gás, inclusive na camada pré-sal.
Diante da perspectiva de votar o novo marco regulatório do setor só no ano que vem, o secretário nacional de petróleo e gás do MME (Ministério de Minas e Energia), Marco Antônio Martins, disse que, nesse cenário, as novas licitações serão postergadas para o segundo semestre.
O MME previa a realização dos leilões para a primeira metade de 2011.
O calendário incluía tanto as primeiras licitações dentro do modelo de partilha do pré-sal como a realização da 11ª rodada da Agência Nacional do Petróleo e estava condicionado à aprovação das novas regras para o setor ainda em 2010.
"É preciso ter o edital publicado quatro meses antes da licitação, e só posso construir o edital depois de aprovado o projeto. Se isso acontecer em fevereiro, só teremos leilões no segundo semestre", disse Martins à Folha durante o 7º Encontro Nacional do Programa de Mobilização da Indústria Nacional do Petróleo, em Porto Alegre.
No início do mês, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), admitiu que a proposta do modelo de partilha só deverá ser votada no ano que vem. Há 12 medidas provisórias trancando a pauta. Além disso, a votação do Orçamento para 2011 é a prioridade do governo neste momento.
Mesmo sem ter áreas próximas ou situadas na camada pré-sal, a 11ª rodada também está condicionada à aprovação das novas regras.
Segundo Martins, serão ofertadas nesse leilão áreas em terra ou na margem equatorial do país, que se estende do Amapá até o Rio Grande do Norte. Não serão colocados nessa rodada blocos das bacias de Santos, Campos e Espírito Santo.
Martins descartou, por ora, novas perfurações para detalhar volumes em reservatórios na camada pré-sal, a exemplo do que aconteceu com a área de Libra.


O jornalista viajou a convite da Petrobras.


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