São Paulo, domingo, 20 de junho de 2010

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"É apenas o primeiro passo no Brasil"

DE PEQUIM

A Sinochem acaba de fazer o maior investimento chinês no Brasil: US$ 3,07 bilhões, para a aquisição de 40% do campo Peregrino (bacia de Campos).
Segundo o diretor-presidente da empresa, Han Gensheng, o governo chinês estimula a investir no Brasil, mas a decisão é comercial. Leia a seguir trechos da entrevista.

 

A EMPRESA
Em 1998, a China reestruturou a sua indústria de petróleo. Antes, a Sinochem era responsável pelo equilíbrio entre exportação e importação. Até 1993, a China era um país exportador. Depois, virou importador.
Desde 2000, criamos uma estratégia para integrar o nosso setor de petróleo, transformando o nosso núcleo de negócio. Temos cinco áreas: petróleo, agricultura, química, imobiliário e o setor financeiro não bancário.
Atualmente, produzimos 50 mil barris por dia, com presença em vários países: Indonésia, Equador, Tunísia, Síria, Iêmen, Colômbia, Peru e Emirados Árabes Unidos.
A Sinochem é uma das empresas com mais orientação de mercado na China. Temos um modelo de negócios diferente de outras petroleiras chinesas.

PRESENÇA NO BRASIL
A transação do campo Peregrino quase dobrou as nossas reservas, chegando a 500 milhões de barris. Com o início da produção, no primeiro trimestre de 2011, vamos quase dobrar a nossa produção.
Compramos essa parte da Statoil, com quem assinamos um memorando na semana passada para ampliar a nossa cooperação no Brasil e fora.
O projeto é apenas o primeiro passo da Sinochem no Brasil. É um país estratégico na nossa América.
Tem estabilidade política, é democrático, e isso é o mais importante para um investimento de longo prazo. Em segundo lugar, há boas relações políticas e de amizade entre os dois países. Em terceiro, há grandes reservas no país.

INCENTIVO
Estamos acompanhando o progresso da indústria petroleira no Brasil.
O governo nos incentiva a se internacionalizar, mas somos responsáveis pela performance. Os presidentes acabam de se encontrar, o governo nos estimula a investir no Brasil, mas, para a Sinochem, é uma decisão comercial.
A decisão tem o apoio do governo, que está muito satisfeito em ver as chinesas indo para o Brasil e mantendo boas relações com empresas brasileiras.


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