São Paulo, domingo, 20 de junho de 2010

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Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

Indústria enfrenta gargalo na importação de máquinas

Com a retomada da produção industrial, empresas brasileiras enfrentam longa fila de espera para receber máquinas importadas.
O atraso na entrega de modelos de maior porte do setor de usinagem e ferramentaria, como os usados na fabricação de autopeças e eletroeletrônicos, chega a 120 dias.
"Os importadores estão com os estoques quase zerados desses equipamentos", diz Thomas Lee, presidente da Abimei (associação de importadores de máquinas).
A demora pode protelar o aumento da capacidade produtiva da indústria, diz Lee.
A empresa De Carlo, de usinagem para indústria automotiva, realizou uma encomenda de um torno vertical e terá de aguardar 60 dias para receber a máquina.
"Os importadores não fizeram estoques. Precisamos das máquinas para reagir à crise e responder ao aumento da demanda", afirma José Ramos De Carlo, presidente da empresa.
Do outro lado, os importadores alegam que também estão sendo prejudicados pela falta de produtos.
"Temos muitos pedidos em carteira, mas não conseguimos atender nossos clientes", afirma Wilson Borgneth, diretor do Grupo Bener.
De acordo com o executivo, os seus fornecedores de Taiwan e Coreia do Sul não conseguem entregar as máquinas no prazo. Eles dependem de um equipamento, o CNC (comando numérico computadorizado), fabricado no Japão e na Alemanha.
"Por causa da crise em 2008 e 2009, essas companhias desativaram algumas unidades e não estão conseguindo recuperar a produção. Isso está tendo reflexo no Brasil", explica Borgneth.

BRASIL LIBANÊS
O HSBC Bank Brasil lança um serviço para a comunidade libanesa, que permite abrir conta-corrente, transferir recursos com isenção de tarifas e financiar a compra de imóvel no Líbano.
"O Brasil tem a maior comunidade libanesa no exterior [cerca de 7 milhões]. Muitos têm fortes laços com o país de origem, casas para férias lá e há quem pense em voltar após a aposentadoria", diz Henrique Frayha, do HSBC, ele próprio de família libanesa.
O banco identificou no país 80 mil pessoas de ascendência libanesa e espera conquistar cerca de 20 mil clientes em três anos. "Há instituição que oferece serviços para a sua comunidade no país, mas não um banco internacional como o HSBC", afirma Fraya.

Mais branco
A campanha publicitária do Vanish, que começa amanhã, custará R$ 22 milhões à Reckitt Benckiser, detentora da marca. O alvejante possui 22,5% do segmento no país, que movimenta R$ 960 milhões ao ano. O objetivo é elevar o uso do produto na lavagem de roupas, que hoje é de 15%.

Saneamento
A universalização do acesso a água e a esgoto tratado no Brasil exige, hoje, R$ 270 bilhões. Entre 2011 e 2014, porém, o governo prevê R$ 40 bilhões em investimentos no setor. Os números são do Instituto Trata Brasil, que debate o tema amanhã com a Abdib (de indústrias de base) e a Caixa, na Câmara Municipal de São Paulo.

O QUE ESTOU LENDO
Alceu Lima, presidente do Barclays no Brasil, dedica-se à leitura de "Dom Casmurro", de Machado de Assis.

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A partir de setembro, os veículos produzidos no Brasil sairão de fábrica com dispositivos antifurto instalados.
A medida diminuirá os custos com a instalação dos equipamentos e atrairá mais clientes, segundo Martin Hackett, presidente da Zatix, dona da marca Graber Rastreamento."Terá um grande impacto."
O executivo estima que o custo mensal do serviço, hoje entre R$ 70 e R$ 90, caia para R$ 35.
De olho na demanda, a empresa lançou um aplicativo para rastrear veículos com aparelhos da Apple.
A Graber atende 30% de toda a frota rastreada no país e espera fechar este ano com faturamento de R$ 250 milhões.

COM QUE PASTA EU VOU?

O HOMEM DA MALA
O modelo em couro preto é ainda o mais versátil, segundo Rafael Castello, diretor da Hugo Boss no Brasil. "Para qualquer ocasião, é um item para o homem que segue a tendência de ternos mais ajustados e gravatas finas", diz. Gabriela Vidigal, estilista de acessórios da Richards, afirma que a pasta em couro de búfalo é "para ser usada tanto nas reuniões do dia a dia como nas viagens de trabalho". Na Louis Vuitton, um dos modelos mais procurados é o de estilo clássico, que, segundo a empresa, é funcional ao mesmo tempo em que imprime sofisticação. Para as mulheres de negócios, há a opção de um acessório menor com compartimentos para pequenos objetos.


com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e FLÁVIA MARCONDES


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