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Grupo japonês prioriza, no Brasil, pequenos clientes
DE SÃO PAULO
No embalo do aumento da
demanda por serviços de
saúde no país, a Horiba, fornecedora do setor de diagnósticos médicos, muda a estratégia de negócios.
O foco agora está nos pequenos e médios clientes
-laboratórios, clínicas e hospitais-, especialmente no
Nordeste.
"É uma demanda não
atendida pelos grandes fornecedores por uma questão
de preço mais alto", afirma
Hamilton Ibanes, presidente
da Horiba no Brasil.
Segundo o executivo, existem cerca de 10 mil potenciais clientes desse tipo espalhados pelo país. Já os de
grande porte são 500.
Para atender os menores,
que estão "fora do foco da
concorrência", a empresa
aposta em parcerias locais
para fazer a distribuição de
seus produtos.
Já são 17 parceiros e o plano é que esse número aumente para pelo menos um
em cada Estado.
Sem precisar manter pontos próprios de distribuição,
a Horiba reduz custos e consegue oferecer "preços melhores e pagamento facilitado", diz Ibanes.
Nascido em 1945, o grupo
japonês abriu fábrica no Brasil em 1997.
E, desde então, o negócio
principal tem sido produzir
substâncias e equipamentos
para exames de laboratório.
Mais de 80% do faturamento da companhia no país
(R$ 44 milhões líquidos em
2009) vem do fornecimento
de itens para o setor de hematologia, que identifica infecções e algumas doenças
do sangue, como a leucemia.
LIDERANÇA
Nesse ramo, a Horiba tem
a liderança de mercado, com
32% de participação, na frente de Roche (29%), Abbott
(13%) e Siemens (6%).
E, no cenário de crescimento da economia doméstica, o Brasil ganhou mais importância na estratégia mundial da companhia, que faturou globalmente US$ 1,1 bilhão no ano passado.
Desde junho, o escritório
local passou a ser responsável, no lugar da França, pelas
operações em todos os 23 países latino-americanos onde a
empresa atua.
"Hoje, o grupo considera
que o sucesso global depende em grande medida do sucesso na Índia, na China e no
Brasil", diz Ibanes.
(CM)
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