São Paulo, terça-feira, 20 de setembro de 2011

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Dobra incidência de doença em laranjais de São Paulo

"Greening" atinge atualmente 53,3% dos blocos de plantas nos pomares; no ano passado, eram 38,8%

ELIDA OLIVEIRA
DE RIBEIRÃO PRETO

O número de pés de laranja contaminados com "greening" -doença considerada o câncer da citricultura- em pomares de São Paulo duplicou em comparação a 2010.
A doença também avança nos talhões de laranja -blocos de plantas de idade e tipo semelhantes nos pomares. Agora, 53,3% dos talhões paulistas estão afetados pela doença, comprometendo 3,8% dos pés. Em 2010, 1,8% dos pés estavam contaminados pelo "greening", representando 38,8% dos talhões.
Os dados são do Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura) e indicam que o manejo para o controle da doença não está sendo feito por todos os produtores, de acordo com o gerente do departamento técnico do órgão, Cícero Massari.
O "greening" é causado por uma bactéria, transmitida de uma planta para outra por meio de um vetor. O pé de laranja contaminado tem folhas amareladas e produz frutos deformados. A doença mata a planta economicamente em até cinco anos.
Embora o preço da caixa da laranja esteja acima do valor pago há alguns anos, Flávio Viegas, presidente da Associtrus (Associação Brasileira de Citricultores), diz que não cobre o custo de produção. Uma caixa custa ao produtor cerca de R$ 17, mas a indústria paga R$ 10.
Segundo Massari, o controle depende de investimentos em pulverização e a eliminação das plantas doentes. "Os produtores estão descapitalizados e isso reflete na doença", disse Walkmar Brasil Souza Pinto, agrônomo da Casa da Agricultura de Bebedouro (381 km de SP).


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