São Paulo, quarta-feira, 20 de outubro de 2010

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Medida inesperada derruba Bolsas

Bovespa tem maior queda em três meses

EPAMINONDAS NETO
DE SÃO PAULO

Uma das principais locomotivas da combalida economia global, a China assombrou os mercados com um inesperado aumento de seus juros básicos na manhã de ontem.
"Acho que o nervosismo foi maior porque [as medidas] vieram pouco tempo antes da divulgação de uma série de indicadores muito importantes: o PIB [o Produto Interno Bruto], as vendas do varejo e, mais importante, a inflação", disse Newton Rosa, economista-chefe da SulAmérica Investimentos.
Para analistas, o aperto monetário refletiu a preocupação de Pequim com as pressões inflacionárias, podendo ser o início de uma nova série de medidas no mesmo sentido.
A partir da Europa, as principais Bolsas de Valores encerraram os negócios "no vermelho": no Velho Continente, as ações cederam 0,67% em Londres e 0,71% em Paris. Em Wall Street, o "termômetro" mundial dos mercados, o índice Dow Jones, teve baixa de 1,48%. Já o S&P 500 caiu 1,58%.
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) não escapou da derrocada generalizada e amargou perdas de 2,61%, o seu pior tombo em mais de três meses.
Algumas das ações mais negociadas da praça financeira se desvalorizaram em, no mínimo, 2%, a exemplo dos papéis da Petrobras (4,24%) e da OGX (5,19%).

CÂMBIO
Somente ontem os agentes financeiros repercutiram a medida anunciada na noite de anteontem para conter a valorização cambial.
O dólar comercial cravou R$ 1,687, com sua maior alta (1,26%) desde o fim de junho.


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