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Vaivém
MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br
Cresce lobby contra subsídio a etanol nos EUA
O lobby contra os subsídios ao etanol de milho nos
Estados Unidos ganha força.
O deficit público norte-americano e a necessidade
de corte de gastos fortalecem
os argumentos contra o pagamento de US$ 0,45 feito
pelo governo por galão de
etanol produzido.
A vigência do subsídio termina em 31 de dezembro,
mas os produtores movimentam-se para mantê-lo por
mais cinco anos. O instrumento foi criado em 1978 e é
constantemente prorrogado.
Mas a campanha contra a
política agora tem o respaldo
da Comissão de Orçamento
do Congresso norte-americano (CBO, na sigla em inglês).
Em relatório divulgado na
quinta-feira, a comissão estima que o subsídio significou
renúncia fiscal de US$ 6 bilhões no ano passado.
O grupo também levanta
dúvidas sobre a eficácia do
etanol de milho na redução
de emissão de gases que provocam o efeito estufa, já que
o processo de produção e de
distribuição utiliza combustíveis à base de petróleo.
Por essa razão, ambientalistas defendem que os recursos sejam utilizados para incentivar o desenvolvimento
de novas tecnologias.
"É preciso refletir sobre
quão estratégico o etanol é
como substituto ao petróleo", afirmou Craig Cox, vice-presidente do Grupo de Trabalho Ambiental (EWG), durante teleconferência para
discutir o tema.
Para Plínio Nastari, da Datagro, esse debate pode abrir
espaço para o Brasil.
Os EUA têm como meta de
longo prazo atingir a produção de 136 bilhões de litros
anuais de biocombustíveis.
Neste ano, a produção deve
ficar em 42 bilhões de litros e,
caso o subsídio seja mesmo
cortado, haverá menos incentivo para a produção.
E, como a atividade em
etanol celulósico ainda é incipiente, os EUA podem ter
de recorrer às importações.
"A posição do etanol de cana é privilegiada. Por ser
mais eficiente na redução de
emissão de carbono, pode
complementar a produção
americana", disse Nastari.
Amazônia legal 1 O
Marfrig suspendeu a compra de gado de 170 fazendas
localizadas a pelo menos
um quilômetro de novos
pontos de desmatamento
no bioma amazônico. O frigorífico é um dos que assumiram compromisso de não
comprar mais animais para
abate de áreas de desmatamento ilegal.
Amazônia legal 2
Também com o objetivo de
monitorar seus fornecedores, o grupo JBS vai contar
com um sistema de imagens via satélite. A empresa
já possui 31 fornecedores
excluídos de seu cadastro
por estarem em unidades
de conservação ou em terras indígenas.
Óleo do vizinho As
exportações de óleo de soja da Argentina cresceram
65% em junho, apesar da
disputa comercial com a
China, segundo o Oncca
(Departamento Nacional
de Controle Comercial
Agropecuário do país), citado pela Reuters.
MILHO
Preço sobe e saca beira R$ 19 no mercado interno
Os preços do milho começam a reagir. Diferentemente
das últimas semanas, o indicador Esalq/BM&FBovespa, elaborado pelo Cepea, subiu
4,34% nos últimos sete dias
encerrados na segunda-feira
(19), quando foi negociado a
R$ 18,98 por saca de 60 quilos.
O clima mais úmido na semana passada dificultou a colheita no Sul e no Sudeste, segundo o instituto. A expectativa de
melhora nas exportações, favorecidas por intervenções governamentais e alta nos preços
externos, também colaborou.
CAFÉ
-3,43%
Ontem, em Nova York
CACAU
-1,11%
Ontem, em Londres
TATIANA FREITAS (interina) com KARLA DOMINGUES
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