São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 2011

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Indústria global busca estratégia para fugir da retração

DE SÃO PAULO

Enquanto os super-heróis dos gibis se dedicam a salvar o dia, a indústria por trás deles se preocupa com questões, digamos, mais triviais, como rentabilidade e lucro.
É um negócio de US$ 650 milhões nos EUA e de US$ 4,6 bilhões no Japão. O vilão da queda nas vendagens, porém, ameaça ambos -HQs norte-americanas venderam 17% a menos em maio em volume, e a queda nipônica foi de 6,6% em valor em 2009.
A preocupação se estende a outros nichos. A exemplo dos heróis, essa indústria tem dupla identidade: ela alimenta outros ramos milionários.
O mercado de licenciamento, por exemplo, faturou US$ 5,2 bilhões com royalties em 2009. Desse total, 46% são resultado do licenciamento da marca de personagens.
O cinema de ação também tem se voltado aos quadrinhos para buscar inspiração.
O recente "X-Men: Primeira Classe" lucrou mais de US$ 130 milhões globalmente na primeira semana em cartaz, segundo a Mojo Box.
Manter esses números altos é a meta das editoras, que para tal têm de lutar contra a ameaça da queda nas vendas.
Tendo esse cenário em vista, a gigante DC Comics -propriedade do grupo Time Warner- lança em setembro um pacotão de estratégias.
A primeira novidade diz respeito aos fãs. Os gibis voltarão às edições número um, e seus personagens serão reformulados em alguns detalhes. O Superman, por exemplo, deve aposentar a cueca vermelha por cima da calça.
A cadeia de distribuição, por sua vez, será tentada com agrados, como descontos de até 72%, de acordo com o título e o montante do pedido, e a possibilidade de devolver o encalhe quase sem custos.
As editoras miram também os meios digitais, que ainda rendem muito menos (US$ 8 milhões nos EUA em 2010), mas prometem crescimento. A maioria, contudo, ainda não consegue aplicar um modelo rentável de negócio. (DB)


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