São Paulo, domingo, 21 de agosto de 2011

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Academia investe R$ 60 mi em SP até 2012

Aplicação total da Bodytech para expansão no Brasil é R$ 500 milhões até 2015, para então abrir capital na Bolsa

Grupo, dono também da marca Fórmula, vai transformar essa bandeira em alternativa mais barata ao público


Alessandro Shinoda/Folhapres
Sócios da academia Bodytech: à frente, Luiz Urquiza (esq.) e João Paulo Diniz; ao fundo, Accioly (esq.) e Bernardinho

CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO

A academia Bodytech, que nasceu no Rio e é voltada ao público de alta renda, investe pesado para aumentar a presença em São Paulo e em outras capitais.
Em São Paulo serão R$ 60 milhões neste ano e em 2012, e R$ 160 milhões até 2015. No Brasil, R$ 160 milhões neste ano e no próximo, e R$ 500 milhões até 2015.
Os recursos são 60% próprios (dos sócios) e 40% financiados pelo BNDES.
O plano, daqui a quatro anos, é abrir capital na Bolsa, aproveitando o intervalo entre a Copa do Mundo (2014) e a Olimpíada (2016), ambos eventos sediados no Brasil.
O banco BTG Pactual foi contratado para estruturar essa operação, que deve ser precedida de aporte de um fundo de "private equity" (que investe em empresas) nos próximos 12 meses.
"Quisemos nos organizar para entrar no Novo Mercado da Bolsa [segmento em que estão as empresas com a gestão mais profissionalizada]", diz Alexandre Accioly, sócio-controlador da Bodytech Participações.
Além de Accioly, nome já conhecido no setor de entretenimento, outros três sócios completam a maior fatia do capital da empresa (90%).
São eles o empresário e esportista João Paulo Diniz, da família dona do Pão de Açúcar; Bernardinho, técnico da seleção masculina de vôlei; e Luiz Urquiza, egresso do setor financeiro e hoje diretor-presidente da Bodytech.
O ex-jogador de futebol Ronaldo "Fenômeno" também fazia parte do quadro até alguns meses atrás, quando decidiu sair para se dedicar à sua empresa de marketing esportivo, a 9ine.
"O mercado de academias de São Paulo é mais concorrido que o do Rio, até pela falta de espaços públicos para a prática de esportes -no Rio há a praia", diz Bernardinho.
"A cultura de academia e o nível de exigência são maiores em São Paulo e nossa proposta é oferecer algo como um clube."
Diniz defende a aposta. "Os bons clubes que restaram em São Paulo estão saturados e os preços para novos sócios ficaram absurdos."
A maior unidade da Bodytech na capital paulista, no shopping Eldorado, tem 9.300 m˛. O gasto médio por aluno nas academias da marca fica em R$ 300 por mês.
São 26 unidades em quatro Estados e em Brasília, com 53 mil matriculados. O aluno pode utilizar livremente qualquer academia.
O projeto é chegar a 45 unidades no fim de 2012, com 100 mil alunos, abrindo lojas em mais cinco Estados.
Para isso, a empresa vai comprar academias -o mercado brasileiro é muito pulverizado, com 18,2 mil unidades- e construir novas.

FÓRMULA
Em São Paulo, a holding Bodytech é dona ou sócia controladora de todas as unidades da Fórmula, e comprou também duas da Runner, a Master e a Olímpia.
Todas as lojas com mais de 1.000 m˛ vão se transformar em Bodytech a partir do próximo dia 25 e até o fim do ano.
Já as unidades menores, com cardápio de atividades mais reduzido, vão ficar com a marca Fórmula, que deixará de ser direcionada aos consumidores de alta renda para abrigar também os púbicos B e C.
A maioria das unidades Fórmula será composta de franquias, com a marca pertencendo à Bodytech Participações. O gasto médio mensal por aluno da "Nova Fórmula" ficará em R$ 110.
Esse modelo já existe no Rio e vai estar disponível em São Paulo a partir do primeiro trimestre de 2012.


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