|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
VAIVÉM
MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br
Agrícolas mantêm preços aquecidos e vão influenciar na decisão de plantio
Os preços externos das
commodities agrícolas continuam aquecidos. Algumas,
como o trigo e o milho, devido à redução de estoques.
Outras, como a soja, porque
a contaminação de preço de
uma commodity para outra é
inevitável.
Por trás disso estão os fundos de investimento, que
aproveitam o momento do
mercado e esquentam ainda
mais os preços do setor.
O algodão, por exemplo,
superou US$ 1 por libra-peso
(454 gramas) pela primeira
vez nos últimos 15 anos.
Além de demanda aquecida
e estoques baixos, a alta acelerada do produto se deve à
posição de compra dos fundos, a maior em dois anos.
A soja superou US$ 11 por
bushel (27,2 quilos) em Chicago nos contratos de janeiro, fechando a US$ 10,90.
Apesar da safra recorde, a cotação da oleaginosa sobe e
acompanha os preços do milho e do trigo.
É importante a soja seguir
a alta do milho e do trigo, na
avaliação do mercado consumidor. Caso contrário, a oleaginosa perderá área na hora
de os produtores norte-americanos decidirem sobre o
que plantar no ano que vem,
comprometendo o abastecimento.
O mercado espera que essa
alta de preços da soja já influencie os produtores da
América do Sul, que estão em
fase de plantio.
Bons tempos Há três
meses -de junho a agosto- as exportações de carne bovina de Mato Grosso
ficam próximas de 24 mil toneladas equivalente carcaça. Nos primeiros meses do
ano, o volume estava abaixo de 15 mil toneladas.
De volta Luciano Vacari, da Acrimat, diz que grandes compradores, como
Rússia e Venezuela, estão
de volta. O apetite do Irã
também é grande e o país
assumiu o posto de segundo maior importador do
Brasil.
Suínos Após boi e frango, agora é a vez de a carne
suína começar a ganhar
preço. Já há negócios a R$
60 por arroba no mercado
paulista e a alta de preço foi
de 3% ontem, conforme
pesquisa da Folha.
Tamanho menor A
Apas (Associação Paulista
de Supermercados) quer o
fornecimento de batatas em
sacas menores, de 25 quilos.
Na avaliação do setor, a saca de 50 quilos dificulta o
manuseio e aumenta as perdas.
Safra australiana ajuda a recompor oferta de trigo
Ao contrário do que ocorre
na Europa e Rússia, a safra
2010/11 de trigo da Austrália
foi revista para cima na avaliação deste mês da Abare,
agência econômica do governo australiano.
Até junho, a estimativa era
de uma safra de 22,2 milhões
de toneladas, volume que a
empresa elevou para 25,1 milhões neste mês.
Se confirmado, esse volume da Austrália fica próximo
do recorde de 26,1 milhões de
2003/4, e alivia um pouco o
deficit que será causado por
Rússia e países europeus.
O aumento australiano é
importante também porque a
Argentina, que deverá melhorar a produção neste ano,
começa a registrar problemas climáticos.
om KARLA DOMINGUES
Texto Anterior: Estrago: Avanço da população de javalis traz prejuízo a produtores de MS Próximo Texto: Mudança climática: Empresas alemãs lideram redução de emissões de CO2, diz relatório Índice | Comunicar Erros
|