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Por unanimidade, Cade aprova compra da Brasil Telecom
Porém Oi precisará informatizar o sistema de venda do serviço de internet no atacado
SOFIA FERNANDES
DE BRASÍLIA
O plenário do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou ontem, por unanimidade, o ato
de concentração da compra
da Brasil Telecom pela Oi.
Foram colocadas algumas
condicionantes, além das
que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) já
tinha determinado em 2008,
ano em que deu anuência
prévia à fusão.
A Oi assinou um TCD (termo de compromisso de desempenho) para tornar informatizado e transparente o
sistema de venda do serviço
de internet no atacado. Também terá de compor uma gerência comercial para cuidar
desse segmento de vendas.
São três meses de prazo
para que a empresa se enquadre nas regras, e o TCD
tem validade de cinco anos.
O Cade vai monitorar os
pedidos das empresas que
querem ter acesso às redes da
Oi e da Brasil Telecom. Elas
também terão direito de
acompanhar o seu pedido de
compra, por meio de um protocolo. O objetivo é limar a
possibilidade de conduta
discriminatória da supertele
na oferta no atacado.
Como Oi e Brasil Telecom
são detentoras de uma estrutura de rede que cobre boa
parte do território brasileiro,
elas vendem acesso em determinadas regiões a outras
empresas concorrentes.
No entanto, não existe até
hoje um controle de como essa venda é feita. Algumas
empresas acusam a Oi de cobrar preços altos ou de negar
acesso, alegando não ter elemento de rede no lugar.
"Se a concessionária coloca o preço muito elevado,
acaba impedindo que novos
concorrentes entrem na região, gerando uma situação
de quase monopólio, via
abuso de poder econômico",
afirmou o relator da matéria,
conselheiro Vinícius Marques de Carvalho.
O TCD fixou uma multa de,
no mínimo, R$ 100 mil caso
seja detectada irregularidade
na venda no atacado ou descumprimento das normas de
transparência.
A Oi comemorou. "A empresa sai maior e mais capaz
de concorrer no mercado",
afirmou Paulo Mattos, diretor vice-presidente, que afirmou que a empresa não terá
dificuldade em cumprir as
condicionantes do Cade.
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