São Paulo, sexta-feira, 21 de outubro de 2011 |
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Groupon volta atrás e pretende vender só 10% das suas ações Empresa que oferece cupons de descontos adota estratégia semelhante à do LinkedIn TELIS DEMOS DO "FINANCIAL TIMES", EM NOVA YORK O Groupon, que oferece cupons de descontos on-line, reduzirá sua avaliação a menos de US$ 12 bilhões para a sua oferta pública inicial de ações, cerca de metade do valor planejado originalmente. A empresa pretende começar suas reuniões de divulgação amanhã e vai vender ao público somente 10% de suas ações, uma abertura de capital relativamente modesta que seguiria o caminho adotado pelo LinkedIn em sua bem-sucedida oferta inicial. As ações do LinkedIn subiram quase 300% em seu primeiro dia no mercado. A escassez da oferta foi vista como estímulo à demanda. O Groupon enfrenta a preocupação do mercado quanto ao seu modelo de negócios. O entusiasmo dos investidores pela empresa diminuiu depois que ela começou a preparar a oferta pública inicial e anunciou, meses atrás, que buscaria uma avaliação de mercado da ordem de US$ 20 bilhões a US$ 25 bilhões. "Dizer que o Groupon perdeu o brilho inicial seria muito pouco", afirma Scott Sweet, sócio-diretor da IPO Boutique, uma consultoria que assessora investidores. "A demanda caiu imensamente ante o patamar muito elevado que chegou a atingir. Agora, esperar até mesmo de US$ 10 bilhões a US$ 12 bilhões representa exagero." A despeito dessa queda, a expectativa ainda é que o Groupon obtenha avaliação similar à dos demais grupos de redes sociais, em seus esforços para aproveitar o interesse dos investidores pela chamada "segunda internet", que muitos veem como uma segunda bolha do setor. Com avaliação de US$ 12 bilhões, o valor de mercado do Groupon equivaleria a 38 vezes o seu faturamento em 2010, o que o deixaria perto da atual cotação do LinkedIn. A receita exata do Groupon gera controvérsia. Órgãos reguladores solicitaram revisão dos números. O ajuste reduziu o faturamento do Groupon de US$ 713 milhões para US$ 313 milhões em 2010. Tradução de PAULO MIGLIACCI Texto Anterior: Acionista da News Corp quer barrar Murdoch Próximo Texto: Commodities: Usinas de cana investem em laboratórios Índice | Comunicar Erros |
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