São Paulo, domingo, 21 de novembro de 2010

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Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

Turismo deve impulsionar expansão de franquias na hotelaria até 2014

Até 2014, a rede hoteleira francesa Accor pretende movimentar mais de R$ 700 milhões em franquias.
Na próxima semana vai lançar, no Nordeste, um modelo de franquia para os hotéis da bandeira Formule 1.
O projeto prevê a construção de cem hotéis em cidades de 100 mil a 500 mil habitantes, com investimento de R$ 4 milhões a R$ 6 milhões por unidade. Os recursos poderão vir de linhas de financiamento, como as do Banco do Nordeste, segundo a Accor.
"Não vamos nos limitar a essa região", afirma Steven Daines, diretor das marcas ibis e Formule 1.
A marca Formule 1 tem 11 unidades em capitais do país, operadas pela própria Accor. Na bandeira ibis, dos 50 hotéis que serão abertos até a Copa, 50% serão operados por franqueadores.
Serviços ligados a turismo são a nova tendência nas franquias, dizem especialistas. De tempos em tempos, elege-se um segmento.
"A febre muda e, de repente, algum setor fica mais visado. Agora são os chocolates, antes eram os cafés. Recentemente, a onda foram clínicas de estética. Antes, as lavanderias, fast foods, redes de idiomas", diz Ana Vecchi, da consultoria Vecchi Ancona.
O aquecimento no turismo é impulsionado pelos eventos esportivos que o país vai receber e pela classe C.
Em 2001, o país tinha 312 unidades ligadas a turismo e hotelaria, segundo a ABF (Associação Brasileira de Franchising). Hoje são 514.
A tendência se verifica em hotéis, locadoras de veículos e agências de turismo, segundo Ricardo Camargo, diretor da ABF. "São Paulo precisa de investimento, devido à alta ocupação, mas agora há um deslocamento do eixo econômico", diz Camargo.

Americano aprova produto brasileiro, diz pesquisa

A população norte-americana começa a ter uma percepção maior do Brasil e das empresas brasileiras.
Segundo pesquisa, 59% dos americanos afirmaram que as empresas brasileiras oferecem produtos e serviços de boa ou excelente qualidade e confiabilidade.
O levantamento foi realizado pela Imagem Corporativa e pela Widmeyer Communications, de Washington.
A aprovação do "made in Brazil" sobe na mesma medida da renda do entrevistado: americanos com ganho anual acima de US$ 50 mil têm melhor percepção dos produtos brasileiros.
A pesquisa revela, porém, relativo desconhecimento de temas ligados ao país. Entre os entrevistados, 28% não sabem responder sobre a qualidade de produtos e serviços brasileiros.
Os americanos afirmam que, no atual contexto em que países emergentes ganham peso no cenário global, seria estratégico para os EUA aumentarem as relações comerciais com o Brasil.
Dos entrevistados, 74% disseram que essa atitude seria importante ou muito importante para o país.

Vagões... A ArcelorMittal Monlevade fez o primeiro carregamento de fio-máquina para a Belgo Bekaert Arames, em Contagem (MG), em 20 vagões criados para o transporte de produtos especiais.

...especiais Os vagões fechados vão substituir 150 carretas, que deixarão de circular mensalmente nas estradas. A logística faz parte de parceria com a Vale para gerar ganhos de produtividade. Até o final do ano, serão mais 20 vagões.

ESPAÇO MÓVEL

As relações de trabalho evoluíram e os espaços dos escritórios necessitam ser renovados, segundo a arquiteta Betty Birger, que nesta semana lança o livro "Um a Um" (Editora Olhares). A obra, com muitas fotos de escritórios, aborda especificidades do local de trabalho.
"Não existe um [ambiente] para todos", diz Birger.
Companhias nacionais segundo a arquiteta, exigem mais flexibilidade.
"Brasileiras são diferentes das americanas, pois mudam muito, engordam e emagrecem."
O trabalho individual pode ser feito em casa, "mas o espaço de reunião deve ser colaborativo, flexível, onde as pessoas possam até fazer reunião em pé", diz.
"Tem de proporcionar a condição de ser criativo. Posso juntar as cadeiras, empurrar, fazer espaço de estar, sala da reunião ou de festa." E unir ambientes.
Para outra especialista da área, Claudia Andrade, do Andrade Azevedo, as salas refletem a estratégia de gestão. Ela trabalha com a "cultura da mobilidade".


com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK


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