São Paulo, domingo, 21 de novembro de 2010

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20% dos gerentes do país têm menos de 35 anos

Com mercado aquecido, jovens têm carreira acelerada e assumem chefias

Do quadro total de empregados das firmas do país, 40% são dessa faixa etária, o dobro em relação há cinco anos

CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO

A expansão das empresas para abocanhar mais mercado na economia aquecida tem impulsionado a carreira dos profissionais jovens.
A migração de funcionários mais experientes para outras companhias, atraídos por melhores oportunidades na concorrência, também favorece os novatos. E o caminho rumo a postos de chefia acaba ficando mais curto.
Hoje, mais de 20% dos cargos de gerência das firmas instaladas no país pertencem à chamada "geração Y" -dos nascidos de 1978 ou 1980 (há divergências entre pesquisadores) a 2000.
Cinco anos atrás, a participação de pessoas com menos de 35 anos em postos mais altos era inexpressiva.
As informações são do Grupo DMRH, um dos maiores do Brasil em recursos humanos (leia entrevista na pág. B4).
E, considerando o quadro total de funcionários das empresas, mais de 40% dos empregados são dessa faixa etária, o dobro da parcela observada há cinco anos.

TEMPO DE APRENDIZADO
O Santander, do setor financeiro, e a Braskem, do segmento petroquímico, estão entre as empresas com maior parcela de jovens entre os funcionários.
O banco tem, pertencentes à "geração Y", 41% dos 50 mil empregados no Brasil. E prevê que sejam 57% até 2015.
"O tempo de aprendizado no setor financeiro é infinitamente menor que em áreas mais técnicas, que envolvem fábricas, por exemplo. E investimos na formação dos jovens, oferecendo treinamento", diz Paula Giannetti, superintendente de recursos humanos do Santander.

MOBILIDADE
A Braskem, com 22% dos funcionários no grupo mais novato, oferece mobilidade aos jovens, que podem trocar de projeto ou área dentro da própria empresa.
"Nossa maior preocupação agora é a formação do jovem antes de entrar no mercado de trabalho", diz Marcelo Arantes, vice-presidente de pessoas e organização da Braskem.
A empresa tem buscado parcerias com universidades para desenvolver e incentivar a formação em áreas como engenharia química e biologia, pouco procuradas pelos vestibulandos hoje.
"Parte do esforço se reverterá a nosso favor e parte irá para o mercado. Mas precisamos olhar além das nossas paredes; caso contrário, ficaremos roubando mão de obra uns dos outros eternamente", afirma Arantes.


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