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20% dos gerentes do país têm menos de 35 anos
Com mercado aquecido, jovens têm carreira acelerada e assumem chefias
Do quadro total de empregados das firmas do país, 40% são dessa faixa etária, o dobro em
relação há cinco anos
CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO
A expansão das empresas
para abocanhar mais mercado na economia aquecida
tem impulsionado a carreira
dos profissionais jovens.
A migração de funcionários mais experientes para
outras companhias, atraídos
por melhores oportunidades
na concorrência, também favorece os novatos. E o caminho rumo a postos de chefia
acaba ficando mais curto.
Hoje, mais de 20% dos cargos de gerência das firmas
instaladas no país pertencem
à chamada "geração Y" -dos
nascidos de 1978 ou 1980 (há
divergências entre pesquisadores) a 2000.
Cinco anos atrás, a participação de pessoas com menos
de 35 anos em postos mais altos era inexpressiva.
As informações são do
Grupo DMRH, um dos maiores do Brasil em recursos humanos (leia entrevista na
pág. B4).
E, considerando o quadro
total de funcionários das empresas, mais de 40% dos empregados são dessa faixa etária, o dobro da parcela observada há cinco anos.
TEMPO DE APRENDIZADO
O Santander, do setor financeiro, e a Braskem, do
segmento petroquímico, estão entre as empresas com
maior parcela de jovens entre
os funcionários.
O banco tem, pertencentes
à "geração Y", 41% dos 50
mil empregados no Brasil. E
prevê que sejam 57% até
2015.
"O tempo de aprendizado
no setor financeiro é infinitamente menor que em áreas
mais técnicas, que envolvem
fábricas, por exemplo. E investimos na formação dos jovens, oferecendo treinamento", diz Paula Giannetti, superintendente de recursos
humanos do Santander.
MOBILIDADE
A Braskem, com 22% dos
funcionários no grupo mais
novato, oferece mobilidade
aos jovens, que podem trocar
de projeto ou área dentro da
própria empresa.
"Nossa maior preocupação agora é a formação do jovem antes de entrar no mercado de trabalho", diz Marcelo Arantes, vice-presidente
de pessoas e organização da
Braskem.
A empresa tem buscado
parcerias com universidades
para desenvolver e incentivar a formação em áreas como engenharia química e
biologia, pouco procuradas
pelos vestibulandos hoje.
"Parte do esforço se reverterá a nosso favor e parte irá
para o mercado. Mas precisamos olhar além das nossas
paredes; caso contrário, ficaremos roubando mão de obra
uns dos outros eternamente", afirma Arantes.
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