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Petrobras investirá 144% mais que seu valor em Bolsa
SAMANTHA LIMA
DO RIO
Apoiada na oferta de ações
prevista para as próximas semanas, a Petrobras planeja
investir US$ 224 bilhões entre
2010 e 2014, na expectativa
de se tornar uma das cinco
maiores empresas de energia
do mundo.
O valor é 28% acima dos
US$ 174,4 bilhões que planejou investir entre 2009 e 2013.
Representa, ainda, 144% do
quanto ela vale na Bolsa de
Valores -US$ 155 bilhões.
A alta dos investimentos
se deve à inclusão de novos
projetos de exploração e produção, além da ampliação da
capacidade dos projetos de
refino, dentre outros. "É um
plano desafiador, grande,
mas acreditamos sermos capazes de implementá-lo",
disse o presidente da empresa, José Sergio Gabrielli.
Em março, a empresa havia informado que investiria
até US$ 220 bilhões no período. O valor final superou a cifra. "O conselho de administração da empresa autorizou
o aumento do teto porque temos 686 projetos", disse.
A área de exploração e produção terá 53% dos recursos,
US$ 118,8 bilhões. Refino e
transporte consumirão
US$ 73,6 bilhões, ou 32,8%.
O setor de gás e energia levará US$ 17,8 bilhões, ou 8%.
A área de biocombustíveis, inclusive etanol, levará
US$ 3,5 bilhões, ou 2% do
montante -incluídos os
R$ 420 milhões da sociedade
na Usina São Martinho,
anunciada ontem (leia mais
à pág. B7). Os projetos no pré-sal levarão US$ 33 bilhões e
no pós-sal, US$ 75,2 bilhões.
A Petrobras prevê produzir
3,9 milhões de barris por dia
no mundo em 2014, dos
quais 241 mil no pré-sal. Em
2009, a empresa produziu 2,5
milhões de barris por dia,
sendo 2 milhões no Brasil.
A empresa acredita que superará, em 2020, a produção
de Exxon, BP, Chevron e
Shell -as maiores empresas
de capital aberto. Passaria de
oitava para quinta maior empresa de energia do mundo.
A previsão de investimentos já sai defasada: não inclui
os projetos nos 5 bilhões de
barris em reservas que a Petrobras receberá do governo
nem as áreas que serão concedidas no pré-sal sob o novo
regime, de partilha.
Dos investimentos, US$ 58
bilhões virão de emissão de
títulos de dívida (debêntures) e da capitalização pela
oferta de ações, que aguarda
a sanção presidencial e a definição do preço de cada um
dos 5 bilhões de barris que receberá da União.
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