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Feirões reduzem lucro de concessionárias
DE SÃO PAULO
Finais de semana com feirões de fábrica chegam a elevar as vendas de carros de
uma montadora em até 40%
ante sábados e domingos
"normais". No entanto, como os fabricantes não podem
vender direto ao consumidor, as datas são combinadas
com as concessionárias.
"A rentabilidade é menor
nos feirões. Temos participação em todas as promoções",
afirma Sérgio Reze, presidente da Fenabrave (federação
das concessionárias), ressaltando que há casos em que a
contribuição chega à metade
do desconto oferecido.
"Ninguém quer ficar por
baixo. A disputa de mercado
obriga que essas promoções
sejam feitas", completa.
Além dos preços mais baixos, outro atrativo para o
cliente é encontrar a maior
parte da rede de concessionárias em um só local. "É um
único estoque, e o poder de
negociação é maior porque o
cliente pode ir de uma para
outra com três passos", diz
Rodrigo Rumi, gerente regional de marketing da GM.
O executivo contabiliza
que entre 55% e 60% das
vendas são de carros populares e, desse total, cerca de
80% são financiados, ou seja, "o público é predominantemente da classe C".
Para o gerente nacional de
vendas da Ford, Oswaldo Ramos, os feirões são importantes também para reforçar a
imagem de que a marca tem
produtos acessíveis. Há
clientes que pesquisam, ressalta, mas acabam fechando
a venda posteriormente.
Edison Mazzucatto, diretor de marketing da Fiat, afirma que "não há periodicidade fixa", mas lembra que "o
IPI reduzido contribuiu para
a realização de feirões de
acordo com o calendário de
recomposição do tributo", referindo-se ao benefício fiscal
válido até março passado.
A Volkswagen destaca
ainda que, nesses eventos,
além das ofertas diferenciadas, é possível apresentar o
portifólio completo, inclusive a linha de importados.
(TR)
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