São Paulo, domingo, 22 de agosto de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

"Dores do crescimento" são os desafios para empreendedores

DE SÃO PAULO

Gustavo Caetano, 29, Marcelo Marzola, 33, e Marcelo Condé, 36, são três jovens executivos que precisaram aprender desde cedo a superar sucessivos desafios para sustentar os planos de empreendedorismo.
As primeiras batalhas vieram com a corrida por investimentos, prospectados em bancos e fundos de investimento. Em geral, foram várias tentativas em vão até conseguir um sócio. Na sequência, outras tarefas igualmente difíceis surgiram.
"Depois de conquistarmos o aporte, começamos a sofrer com as dores do crescimento", diz Caetano.
Nisso incluem-se a necessidade de lidar com a divisão das decisões e as exigências de fundos de investimento, com o crescimento explosivo do número de funcionários e da profissionalização da gestão da companhia.
Desde o fim de 2008, a Samba Tech, de Caetano, tem um conselho de administração, composto por dois sócios do fundo de investimento e um profissional de mercado. "O mais difícil é seguir, com 50 pessoas, regras de governança corporativa de grandes empresas", diz.

DESAPEGO
À frente da Spring Wireless desde a fundação, Condé afastou-se da presidência no ano passado para seguir o modelo profissional de gestão desejado pelos sócios New Enterprise Associates (NEA) e um fundo do banco americano Goldman Sachs.
O executivo assumiu então o papel de líder estratégico, enquanto a parte operacional ficou a cargo de Paulo Narcelio, 48, um veterano do setor financeiro.
Na Predicta, um dos maiores desafios foi crescer em tamanho e ainda manter a cultura das portas abertas, em que funcionários têm acesso livre aos gestores para propor ideias e sugestões.
"Nosso maior desafio é conseguir manter a mesma identidade", afirma Marzola.
Perante os olhos dos investidores, apesar de doloridas, as concessões são necessárias para o amadurecimento.
"A figura do dono fica cada vez menor. Queremos parceiros. É isso que faz a empresa continuar interessante", diz Marcus Regueira, sócio do FIR Capital.


Texto Anterior: Empresas digitais atraem investimentos
Próximo Texto: Fundadores não querem vender seus negócios
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.