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"Dores do crescimento" são os desafios para empreendedores
DE SÃO PAULO
Gustavo Caetano, 29, Marcelo Marzola, 33, e Marcelo
Condé, 36, são três jovens
executivos que precisaram
aprender desde cedo a superar sucessivos desafios para
sustentar os planos de empreendedorismo.
As primeiras batalhas vieram com a corrida por investimentos, prospectados em
bancos e fundos de investimento. Em geral, foram várias tentativas em vão até
conseguir um sócio. Na sequência, outras tarefas igualmente difíceis surgiram.
"Depois de conquistarmos
o aporte, começamos a sofrer
com as dores do crescimento", diz Caetano.
Nisso incluem-se a necessidade de lidar com a divisão
das decisões e as exigências
de fundos de investimento,
com o crescimento explosivo
do número de funcionários e
da profissionalização da gestão da companhia.
Desde o fim de 2008, a
Samba Tech, de Caetano,
tem um conselho de administração, composto por dois
sócios do fundo de investimento e um profissional de
mercado. "O mais difícil é seguir, com 50 pessoas, regras
de governança corporativa
de grandes empresas", diz.
DESAPEGO
À frente da Spring Wireless desde a fundação, Condé
afastou-se da presidência no
ano passado para seguir o
modelo profissional de gestão desejado pelos sócios
New Enterprise Associates
(NEA) e um fundo do banco
americano Goldman Sachs.
O executivo assumiu então o papel de líder estratégico, enquanto a parte operacional ficou a cargo de Paulo
Narcelio, 48, um veterano do
setor financeiro.
Na Predicta, um dos maiores desafios foi crescer em tamanho e ainda manter a cultura das portas abertas, em
que funcionários têm acesso
livre aos gestores para propor ideias e sugestões.
"Nosso maior desafio é
conseguir manter a mesma
identidade", afirma Marzola.
Perante os olhos dos investidores, apesar de doloridas,
as concessões são necessárias para o amadurecimento.
"A figura do dono fica cada vez menor. Queremos parceiros. É isso que faz a empresa continuar interessante",
diz Marcus Regueira, sócio
do FIR Capital.
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